Após visitar China e os Emirados Árabes, o presidente voltou a dizer que a Ucrânia contribuiu para o conflito com a Rússia
Jessica Anjos Publicado em 16/04/2023, às 11h13
Neste domingo (16), durante uma coletiva em Abu Dhabi, o presidente Lula acusou os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra na Ucrânia. O chefe de estado ainda defendeu a criação de um grupo de países que queiram a paz: uma espécie de "G20 da paz".
A paz está muito difícil. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia] Volodymyr Zelensky não toma a iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando contribuição para a continuidade desta guerra", disse Lula, segundo G1, no fim de sua visita aos Emirados Árabes Unidos.
Além disso, Lula acusou a Ucrânia de contribuir para o conflito. "A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países", afirmou.
O conflito entre Ucrânia e Rússia começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia decidiu invadir o país vizinho. Desde que a guerra teve início, Kiev recebeu armamentos e munições de diversos países europeus e dos Estados Unidos. A ajuda possibilitou que a população segurasse o avanço da Rússia.
O governo brasileiro também recebeu pedidos para que o Brasil vendesse armamento e munições à Ucrânia. Lula, porém, recusou e disse que não se envolveria no conflito.
As falas do presidente do Brasil sobre EUA e Europa contribuírem para a continuação da guerra vieram logo depois dele defender o fim do envio de munição para Ucrânia e afirmar que os Estados Unidos precisam "parar de incentivar a guerra".
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