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Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás são destaques do 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo

Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás foram os destaques do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, que terminou na madrugada

Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás são destaques do 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo
Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás são destaques do 1º dia do Grupo Especial do carnaval de São Paulo

Redação Publicado em 23/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h18


Tucuruvi, Vila Maria e Colorado do Brás foram os destaques do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, que terminou na madrugada deste sábado (23).

Apesar de ter se destacado, a Unidos de Vila Maria foi uma das três escolas que apresentaram problemas em carros alegóricos nesta primeira noite no sambódromo. Mancha Verde e Acadêmicos do Tatuapé também passaram sufuco, mas conseguiram seguir com o trajeto na avenida.

O retorno das escolas ao Anhembi, após mais de um ano de pausa devido à pandemia da Covid-19, foi marcado por desfiles com imagens de resistência, esperança e homenagens ao carnaval.

Uma interrupção nas apresentações devido a um derramamento de óleo na pista por um caminhão da equipe de limpeza atrasou o andamento dos desfiles. Com vaias, o público reclamou da demora na liberação da avenida para as próximas escolas.

A Acadêmicos do Tucuruvi abriu a noite com uma ode ao carnaval e celebrou o samba como resistência em um enredo que lembrou das 14 escolas do Grupo Especial.

Colorado e Tom Maior encontraram nos livros a inspiração para os desfiles deste ano: do clássico “O Pequeno Príncipe” a obra de Carolina Maria de Jesus.

A Mancha Verde refletiu sobre a importância da água em um desfile “abençoado” e a Unidos de Vila Maria repensou a vida pós-pandemia em um desfile que pregou a união e solidariedade.

Já sob a luz do dia, a Acadêmicos do Tatuapé cantou a história do café no Brasil e a Dragões da Real encerrou a madrugada com uma homenagem ao mais paulistano dos sambistas: Adoniran Barbosa.

Neste sábado (23), a partir das 22h30, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre, Águia de Ouro, Barroca Zona Sul, Rosas de Ouro e Império de Casa Verde desfilam.

Veja como foram os desfiles da primeira noite:

Acadêmicos do Tucuruvi

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Acadêmicos do Tucuruvi, em SP

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Acadêmicos do Tucuruvi, em SP

A Acadêmicos do Tucuruvi abriu o primeiro dia de desfiles em São Paulo falando sobre o próprio carnaval, com o enredo “Carnavais… De lá pra cá, o que mudou? Daqui pra lá, o que será?”. A escola retornou ao Grupo Especial este ano, após ser desclassificada por falha técnica em 2019.

Colorado do Brás

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Colorado do Brás

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Colorado do Brás

Segunda escola a desfilar, já na madrugada de sábado (23), a Colorado do Brás exaltou a escritora Carolina Maria de Jesus em um desfile contra o preconceito e com a presença de uma rainha trans.

Camila Prins estreou sua majestade à frente dos tamborins sob o enredo “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé” que cantou a história da ex-catadora de papelão e autora do best seller “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (1960).

Mancha Verde

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Mancha Verde

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Mancha Verde

A Mancha Verde entrou na avenida com sete minutos de atraso após parte de uma das suas alegorias do carro abre-alas se quebrar mas conseguiu se recuperar e encerrou o desfile com 64 minutos. Com o enredo “Planeta Água”, a Mancha refletiu sobre a importância da preservação e valorização da água não apenas para a natureza, como também para rituais de várias religiões.

Tom Maior

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Tom Maior

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Tom Maior

A Tom Maior foi a quarta escola do grupo especial a entrar na passarela do Anhembi com o enredo “O Pequeno Príncipe no Sertão” – uma adaptação para cordel de “O Pequeno Príncipe”, clássico da literatura francesa escrito por Antoine Saint-Exupéry. Quem roubou a cena foi o passista-mirim Matheus Oliveira, de 6 anos. Um vazamento de óleo na avenida atrasou em quase uma hora o desfile da escola seguinte.

Unidos de Vila Maria

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Unidos de Vila Maria

Veja em câmera lenta detalhes do desfile da Unidos de Vila Maria

A Unidos de Vila Maria foi a quinta escola a desfilar. Apesar de um susto inicial, com uma aparente falha no carro abre-alas, a escola iniciou o desfile dentro do tempo e levou para a avenida o enredo “O mundo precisa de cada um de nós”. Um canto de amor, fé e fraternidade que repensou a vida pós-pandemia e promoveu uma reflexão sobre a solidariedade diante das incertezas e desafios da humanidade ao longo da história.

Acadêmicos do Tatuapé

Durante desfile da Acadêmicos do Tatuapé, começa a amanhecer em SP

Durante desfile da Acadêmicos do Tatuapé, começa a amanhecer em SP

Penúltima escola a desfilar no primeiro dia de carnaval, a Acadêmicos do Tatuapé cantou a história e a importância do café para o Brasil através da simbologia do Preto-Velho. O samba “Preto Velho conta a saga do café num canto de fé” é assinado por 22 compositores. O enredo abordou a chegada das primeiras sementes de café a Belém do Pará até a migração para o Rio de Janeiro, onde se espalhou pelo país e foi chamado de “ouro negro” nas fazendas cafeeiras de Minas Gerais. Leia mais sobre o desfile da Tatuapé.

Dragões da Real

Veja os destaques da Dragões da Real em câmera lenta

Veja os destaques da Dragões da Real em câmera lenta

A Dragões da Real fechou o primeiro dia de desfiles das escolas do grupo especial no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. A escola, que entrou na avenida já com o dia claro neste sábado (23), fez homenagem ao cantor e compositor Adoniran Barbosa (1912-1982). Este ano marcou o retorno do carnavalesco Jorge Silveira à Dragões da Real. Ele esteve na escola entre 2015 e 2017, ano em que conseguiram o vice-campeonato – o melhor resultado já obtido pela Dragões da Real.

Durante o desfile, a porta-bandeira Evelyn passou mal de chegou a desmaiar, sendo preciso deixar a avenida para ser atendida por médicos no Anhembi. Como ela e Rubens eram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Dragões, precisaram ser substituídos, já que Evelyn não pode voltar ao desfile. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Lucas e Gabriela assumiram o posto.

Evelyn foi medicada e liberada depois de se recuperar. Segundo Adriano Pera, da assessoria da Dragões da Real, “Evelyn desmaiou na avenida. Foi socorrida no posto médico do Anhembi. Após alguns minutos, recuperou os sinais vitais, ficou em observação por mais um tempinho e foi liberada.”

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G1

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