O jovem negro que aparece num vídeo preso, algemado e sendo puxado por 300 metros por um policial militar numa moto, no último dia 30 de novembro, foi
Redação Publicado em 08/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h01
O jovem negro que aparece num vídeo preso, algemado e sendo puxado por 300 metros por um policial militar numa moto, no último dia 30 de novembro, foi transferido no dia 4 do Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 do Belém, na Zona Leste de São Paulo, para a Penitenciária 1 de Lavínia, no interior do estado. A prisão fica distante a mais de 580 quilômetros da capital paulista.
A informação da transferência de Jhonny Ítalo da Silva, de 18 anos, foi confirmada ao g1 na terça-feira (7) pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio de nota. O caso dele ganhou repercussão depois que o vídeo viralizou nas redes sociais.
De acordo com a pasta, a ida de Jhonny para um outro presídio se deve ao tipo de crime que cometeu. “A transferência faz parte de processo interno da Pasta, que encaminha os presos para unidades de acordo com o perfil de crime cometido“, informa o comunicado.
Jhonny está preso preventivamente pela Justiça por tráfico de drogas. No final do mês passado, ele foi detido em flagrante pelo cabo Jocélio Almeida de Souza, da Polícia Militar (PM), depois de não parar a motocicleta que pilotava numa blitz policial. Em seguida, ela bateu o veículo numa ambulância e fugiu.
O rapaz foi autuado na Polícia Civil por dirigir sem habilitação e indiciado por transportar 11 tijolos de maconha escondidos numa mochila de entregas. Testemunhas que passaram pelo local filmaram o momento em que o cabo Jocélio, da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), prendeu a algema que estava na mão esquerda de Jhonny na moto e o puxou pela Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente, Zona Leste.
A defesa de Jhonny chegou a afirmar que seu cliente também foi arrastado, apesar de as imagens não mostrarem isso. O vídeo acabou compartilhado na internet, acompanhado por críticas à atitude do policial e protestos de especialistas e personalidades nas redes sociais.
A maneira como o jovem foi preso foi classificada como irregular. Segundo esses órgãos, o policial que o prendeu poderia responder criminalmente pelos crimes de tortura, abuso de autoridade e até racismo.
As associações Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo entraram na semana passada com uma ação civil pública na Justiça contra o governo de São Paulo no caso de Jhonny.
Segundo essas entidades, o caso protagonizado pelo policial militar contra o jovem negro foi uma “manifestação explícita de racismo estrutural e institucional“. Diante disso, elas pedem uma “reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra e ao povo brasileiro de modo geral, em razão de graves atos de violência policial”.
A ação proposta pela Educafro e pelo Centro Santo Dias solicita uma indenização de R$ 10 milhões do governo, a ser revertida ao Fundo Estadual de Direitos Difusos do Estado de São Paulo. Além disso, propõe que a Justiça obrigue o estado a implantar medidas antirracistas na Polícia Militar.
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G1
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