Com apenas 21 anos, Juliana dos Santos chegou ao top 10 do ranking brasileiro do surfe em seu primeiro ano como profissional. Em 2020, a atleta faturou o
Redação Publicado em 27/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h33
Com apenas 21 anos, Juliana dos Santos chegou ao top 10 do ranking brasileiro do surfe em seu primeiro ano como profissional. Em 2020, a atleta faturou o título cearense, motivo de alegria e esperança, mas que contrasta com uma dura realidade fora da água. Juliana mora em uma casa pequena, de 5 metros quadrados, com outros quatro membros da família e enfrenta até escassez de comida. Mas apesar da rotina difícil, não deixa de focar no esporte e já sonha com a elite do surfe mundial. O objetivo: competir na WSL nos próximos cinco anos.
Na última semana, a atleta deu início a uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro e construir uma casa para sua família. A iniciativa, que partiu de amigos e da própria Juliana, foi divulgada por grandes nomes do surfe brasileiro, como os campeões mundiais Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, e já alcançou a meta de R$ 100 mil, contando com 1080 apoiadores.
– Eu recebi uma notícia no meu WhatsApp e a ideia de fazer uma vaquinha. E foi assim que surgiu. Eu não imaginava que teria toda essa repercussão, mas as coisas que Deus faz são maravilhosas. É um sentimento de gratidão, a Deus e todas as pessoas que estão fazendo com que isso aconteça – disse Juliana.
A cearense nasceu na comunidade do Titanzinho, em Fortaleza, que já revelou outros nomes do esporte como Fábio Silva e Tita Tavares. Juliana começou a surfar aos 8 anos de idade na Escola Beneficente de Surfe Titanzinho, fundada por João Carlos Sobrinho, o “Fera”, e enfrentou desafios em sua trajetória até o Circuito Brasileiro de Surfe:
– É difícil competir sem patrocínio, tem que pagar inscrição, passagem, hospedagem. Mas Deus tem me dado forças para pedir ajuda, vender uma coisa ou outra. O projeto “Juventude na Onda” tem me apoiado com passagens e o translado e está aí há mais de cinco anos dando oportunidade para que os jovens saíam das ruas. Eu divido a casa com meus familiares, durmo no chão. É duas vezes mais difícil já passar por dificuldades em casa e ter que ir para dentro d’água, mas é isso que me inspira.
Apesar do ano atípico devido à pandemia do novo coronavírus, a cearense terminou 2020 com a oitava colocação no ranking feminino do Circuito Brasileiro, à frente até mesmo de Tainá Hinckel, um dos principais nomes da nova geração do esporte e que disputou a etapa brasileira do Circuito Mundial em 2019, em Saquarema, no Rio de Janeiro.
Em 2021, Juliana pretende também disputar o Qualifying Series (QS) da WSL, caminho para seu maior sonho: a elite do surfe mundial, meta que quer alcançar nos próximos cinco anos. Ela se inspira em outro prodígio, Caroline Marks, americana que se tornou, aos 17 anos, a mulher mais jovem a disputar o circuito mundial. Entretanto, o segredo para não desistir do esporte mesmo com condições tão difíceis vem de si própria:
– A minha vida é difícil, mas o surfe tem sido um centro para mim, ele tira meu foco de pensamentos ruins que afetam nosso psicológico, baixam nossa auto estima. Acreditar em mim mesma, no meu potencial e ter fé na vida, isso é o que me motiva a não desistir.
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