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Rony lembra dor insuportável por lesão, se vê 100% e quer voltar “voando” após pausa no Palmeiras

Rony brinca que usa a perna esquerda "só para subir no carro", mas uma lesão importante nela gerou "dores insuportáveis" por quase um mês no camisa 7

PALMEIRAS
PALMEIRAS

Redação Publicado em 07/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h22


Rony brinca que usa a perna esquerda “só para subir no carro”, mas uma lesão importante nela gerou “dores insuportáveis” por quase um mês no camisa 7 do Palmeiras. Até espirrar o incomodava. Em sua cabeça, a meta era passar por isso e voltar ao time bem.

No último jogo antes da atual pausa de duas semanas, contra o Athletico-PR, o atacante já conseguiu demonstrar que está novamente perto de seu ideal, ao fazer o o gol da vitória por 2 a 1 – e com a perna esquerda. Para ele, sinal de que voltou a confiança para fazer movimentos rotineiros no campo.

– Uma lesão no adutor que rompeu tudo, rasgou tudo, e foi minha primeira lesão de ficar mais tempo parado, tratando, sem poder treinar. Era muito doloroso. Falava para a minha esposa: não desejo esta dor a ninguém, porque é insuportável. Até para espirrar, fazer força, sentia como uma agulha na virilha – contou Rony, ao ge.

– Trabalhei com a fisio, com o médico, fortalecendo todos os dias, de manhã, de tarde e de noite em casa. Minha cabeça era só querer ficar bom de novo para poder voltar a fazer o que eu gosto, jogar futebol. Às vezes via o treino e queria voltar logo, não aguentava mais. Até falei com o meu filho: vou voltar mais forte ainda, voando – reforçou.

Rony voltou a jogar nas quartas de final da Libertadores, contra o São Paulo. Titular nos dois embates, ele diz que ainda tinha limitações no Choque-Rei.

Na vitória por 3 a 0 no Allianz Parque, o camisa 7 seguia com receio de finalizar de esquerda e assim desperdiçou uma oportunidade após cruzamento de Raphael Veiga. Dez dias depois, contra o Furacão, não titubeou e encerrou um jejum de 13 jogos sem marcar.

– Era uma limitação grande e agora, graças a Deus, readquiri a confiança, fiz gol com a perna esquerda, algo bem difícil de acontecer. Até o treinador brincava que eu tinha de chutar com a esquerda. A bola sobrou e fiz o gol de esquerda, fiquei muito feliz. Estou sem dor, não desejo aquilo para ninguém, porque é insuportável, você fica triste de sentir. Limitava muito, graças a Deus não limita mais em nada. Estou feliz de estar 100% de novo – completou.

A pausa por conta das Eliminatórias para a Copa do Mundo logo após seu primeiro gol nesta volta não foi vista como um problema por Rony. Segundo ele, é um tempo ainda maior para estar em seu auge físico neste retorno do Brasileirão e Libertadores.

O Verdão terá no próximo domingo o duelo com o Flamengo para abrir o returno do campeonato nacional e ainda visitará a Chapecoense antes de enfrentar o Atlético-MG, pela semifinal da Libertadores, nos dias 21 e 28 de setembro.

Breno Lopes e Rony, decisivos no título da Libertadores de 2020, com as taças do Palmeiras — Foto: Cesar Greco

Breno Lopes e Rony, decisivos no título da Libertadores de 2020, com as taças do Palmeiras — Foto: Cesar Greco

A meta palmeirense até o fim do mês é seguir na caça ao Galo pela liderança do Brasileiro – o time de Cuca tem quatro pontos de vantagem. Mas o duelo entre os ponteiros pela competição continental já está também na cabeça de Rony.

– Impossível não pensar, até por ser Libertadores. Eu particularmente gosto muito, até por ser uma semifinal e a gente poder já pensar e mentalizar de estar na final, sabemos que vai ser um jogo difícil, que tem um adversário de muita qualidade, uma equipe que almeja muito chegar na final. O Atlético-MG é uma grande equipe, treinada por um grande treinador. Dia a dia, passo a passo, até chegar ao jogo tem muito a acontecer, vamos dar o melhor nos treinamentos para corrigir o que precisa para quando chegar no jogo colocar em prática, que as coisas vão acontecer naturalmente – falou.

Decisivo no título do Palmeiras na Libertadores, Rony é o artilheiro da equipe na atual edição com seis gols. Caso faça mais um, irá empatar com o ex-meia Alex como o maior goleador do clube na competição, com 12 gols ao todo.

O camisa 7 sabe que tem uma relação diferente com o torneio, em que já recebeu seis vezes o prêmio de melhor em campo e foi eleito para a seleção ideal da edição passada.

– É uma competição que qualquer jogador gostaria de disputar, uma competição extremamente difícil, com visibilidade muito grande. É um privilégio. Para mim, ter ganhado todos os troféus de melhor em campo, de estar entre os melhores das Américas, não tem preço. Eu sempre entro focado, concentrado. Não que no Brasileiro e outras competições eu estivesse desfocado, mas é uma competição que me dá algo a mais, não tem uma explicação, encaixa certinho. Eu sempre tenho desejo de disputar, sempre quis estar disputando uma competição como esta. Gosto de coisas grandes. Acredito que a Libertadores e Rony é algo surreal (risos) – encerrou.

Rony comemora o gol do Palmeiras com Raphael Veiga e Luiz Adriano — Foto: Marcos Ribolli

Rony comemora o gol do Palmeiras com Raphael Veiga e Luiz Adriano — Foto: Marcos Ribolli

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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