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Turquia diz ter destruído instalação de armas químicas na Síria

A Turquia afirmou hoje (29) ter destruído uma "instalação de armas químicas" do regime de Damasco no nordeste da Síria, em resposta aos ataques aéreos que, na

Turquia diz ter destruído instalação de armas químicas na Síria
Turquia diz ter destruído instalação de armas químicas na Síria

Redação Publicado em 29/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h51


Forças turcas aniquilaram instalação de armas químicas

A Turquia afirmou hoje (29) ter destruído uma “instalação de armas químicas” do regime de Damasco no nordeste da Síria, em resposta aos ataques aéreos que, na quinta-feira (27), mataram mais de 34 militares turcos.

Na noite de sexta-feira para sábado, as forças turcas destruíram “uma instalação de armas químicas situada a 13 quilômetros ao sul de Alepo, juntamente com um grande número de outros alvos do regime”, disse um alto funcionário turco sob condição de anonimato, sem dar mais detalhes à imprensa.

Entretanto, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental com sede em Londres, disse que Ancara havia atingido o aeroporto militar de Kweires, localizado a leste de Alepo, onde, explicou, não há armas químicas armazenadas.

O regime da Síria tem sido repetidamente acusado de utilizar armas químicas desde o início do conflito em 2011, alegações sempre negadas.

Bombardeios matam mais de 34 soldados turcos

Os novos ataques turcos seguiram-se à morte de pelo menos 34 soldados turcos em bombardeios atribuídos por Ancara ao regime do presidente Bashar al-Assad na região de Idlib, no noroeste da Síria, na quinta-feira. Como retaliação, Ancara alega ter bombardeado muitos dos alvos do regime.

Esta escalada entre Ancara e Damasco parece ter agravado igualmente as relações entre a Turquia e a Rússia, um dos principais apoiadores do regime sírio.
Na sexta-feira, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente russo Vladimir Putin mantiveram uma conversa telefônica durante a qual expressaram “preocupação” mútua sobre a situação.

Os dois líderes poderão encontrar-se em Moscou na próxima semana, de acordo com o Kremlin.

Nas últimas semanas, Erdogan tem apelado repetidamente às forças sírias para que se retirem de certas áreas em Idlib até ao fim de fevereiro, prazo que expira à meia-noite deste sábado.

O regime sírio, apoiado por Moscou, tem conduzido uma ofensiva desde dezembro para retomar a província de Idlib, o último reduto rebelde e “jihadista” no país.

O conflito na Síria já causou mais de 380 mil mortes desde 2011 e milhares de refugiados e deslocados.

AGENCIA BRASIL 

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