Os dez suspeitos mortos em confronto com policiais civis no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (3), foram atingidos por 140 disparos ao
Redação Publicado em 05/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 16h22
Os dez suspeitos mortos em confronto com policiais civis no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (3), foram atingidos por 140 disparos ao todo, segundo as informações do boletim de ocorrência. Só um dos bandidos recebeu 33 tiros. Um outro integrante da quadrilha, baleado 27 vezes, foi alvejado por 13 projéteis nas costas.
De acordo com o BO, apenas um dos ladrões foi atingido por um único disparo – na nuca. Todos os outros foram baleados ao menos três vezes. Dois dos mortos utilizavam coletes à prova de bala, que não foram capazes de impedir que eles fossem alvejados mais de oito vezes cada.
O tiroteio deixou marcas em imóveis do bairro, nos carros usados pelos bandidos e pela polícia, e em um veículo que estava estacionado na rua e não tinha nada a ver com a história.
Carro usado pelos bandidos foi alvejado e colidiu contra poste no Morumbi (Foto: Reprodução/TVGlobo/Almir Padial)
Moradores da região contam que o confronto começou pouco depois das 19h e durou quase 20 minutos. Alguns pensavam se tratar de fogos de artifício. Um dos vizinhos registrou o som da troca de tiros em um vídeo.
Até o momento, não há relato de integrantes da quadrilha que tenham sobrevivido e fugido. Ainda assim, as vítimas do roubo que antecedeu o tiroteio relataram que não conseguiram recuperar cerca de R$ 5 mil e dois relógios levados pelo bando. Elas reconheceram parte dos mortos como os autores do crime. Os dez já foram identificados.
Placas sinalizam onde estão parte das dezenas de cápsulas deflagradas no tiroteio do Morumbi (Foto: Will Soares/G1)
Segundo a Polícia Civil, os bandidos integravam uma quadrilha especializada em roubos a residência que vinha sendo monitorada havia mais de um ano por suspeitas de atuação na região. Eles já teriam promovido ao menos 20 assaltos do tipo. Em um deles, em agosto, a vítima foi um desembargador.
O confronto aconteceu no bolsão residencial formado pelas ruas Pirapó, Pureus, Melo Morais Filho e Santo Eufredo. Corpos baleados podiam ser encontrados nas três vias. Os criminosos estavam em dois carros – um Hyundai Santa Fé e um Fiat Toro – e tinham acabado de deixar uma casa da vizinhança quando foram cercados pela polícia.
Na casa em questão haviam quatro pessoas. Os bandidos renderam os moradores e tentavam abrir um cofre quando foram avisados por comparsas sobre uma movimentação suspeita do lado de fora do imóvel. Eles desconfiaram que era a polícia e abortaram o roubo, deixando para trás parte dos pertences que já estavam separados.
Carro usado por bandidos colidiu contra viatura descaracterizada da polícia (Foto: Will Soares/G1)
Na tentativa de fuga, o criminosos que dirigia a Santa Fé colidiu contra um poste. Já o bandido que dirigia o Fiat Toro bateu em um carro descaracterizado da Polícia Civil. Dois dos ladrões tentaram escapar a pé.
De acordo com a polícia, os assaltantes estavam armados com quatro fuzis, três revólveres e duas pistolas, e dispararam primeiro contra os agentes que, por sua vez, revidaram. Todos os dez criminosos foram mortos, e nenhum dos policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), responsável pela operação, foi baleado.
O armamento da quadrilha foi apreendido e levado à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, registrado a princípio como legítima defesa. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) elogiou a atuação do grupo de elite da Polícia Civil: “Quem está de fuzil não quer conversar”, disse.
Armas apreendidas com a quadrilha, segundo a polícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
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