O estado de São Paulo já arrecadou R$ 96 milhões da iniciativa privada para aumentar a capacidade de produção de vacinas pelo Instituto Butantan. A meta do
Redação Publicado em 29/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h33
O estado de São Paulo já arrecadou R$ 96 milhões da iniciativa privada para aumentar a capacidade de produção de vacinas pelo Instituto Butantan. A meta do governo paulista é receber R$ 130 milhões em doações para dobrar a capacidade atual de produção do instituto.
Segundo o governo, a campanha prosseguirá até o fim de agosto para arrecadar os R$ 34 milhões que faltam para atingir a meta de R$ 130 milhões, com apoio de empresas e grupos filantrópicos privados. As doações serão transferidas integralmente à Fundação Butantan e verificadas por empresas de consultoria.
Hoje, o Instituto Butantan tem capacidade de produzir 120 milhões de doses por ano. O governo paulista pretende ampliar a capacidade do Butantan já pensando na CoronaVac, vacina que está em fase de testes no Brasil e que, caso seja aprovada, começará a ser fabricada pelo instituto, após acordo feito com uma farmacêutica chinesa. Caso aprovada, a vacina será administrada em duas doses por pessoa.
Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, o acordo entre Sinovac e Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. “É a vacina mais promissora e mais desenvolvida em termos temporais. Não estou falando de tecnologia. É uma vacina que tem grandes chances de ser introduzida muito rapidamente para imunização em massa”, disse o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Segundo Covas, a vacina é produzida com tecnologia tradicional, usada na fabricação de outros imunizantes. “O Butantan tem duas vacinas que se utilizam dessa tecnologia. São vacinas que normalmente têm produzido boa resposta. São seguras e relativamente fáceis de serem produzidas.”
Covas informou que a ideia é que uma quantidade inicial da vacina esteja disponível para a população brasileira já no início do próximo ano. “É possível que, no começo do próximo ano, tenhamos uma vacina já em quantitativos definidos. Seriam 60 milhões de doses a partir de outubro e mais 60 milhões de doses no primeiro trimestre do ano que vem. Estamos falando em 120 milhões de doses. Isso é contratual”, afirmou Dimas Covas. “O Butantan pode começar a fazer a formulação do envase dessa vacina a partir de outubro”, acrescentou.
A CoronaVac já está na Fase 3 de testes em humanos, que está sendo realizada no Brasil. Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, e o custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões, pagos pelo governo.
Agência Brasil
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