A polícia de São Paulo abriu uma investigação sobre a primeira fraude registrada no bilhete TOP, usado na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),
Redação Publicado em 27/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h10
A polícia de São Paulo abriu uma investigação sobre a primeira fraude registrada no bilhete TOP, usado na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no Metrô e nos Ônibus Intermunicipais.
Um homem de 43 anos foi detido por seguranças da estação Mauá da CPTM por oferecer bilhetes fraudados, e a polícia suspeita que os criminosos tenham descoberto um jeito de enganar as máquinas e emitir as passagens sem pagar.
O homem tinha 107 bilhetes no bolso – parte deles liberava as catracas, mas a maioria não passava pelo QR Code. Os bilhetes eram vendidos por R$ 5. Quem comprava pagava mais caro do que a passagem normal, que custa R$ 4,40, para não pegar fila no horário de pico.
O homem foi encaminhado para uma delegacia e detido. Ele informou que estava desempregado, e os policiais encontraram com ele R$ 2.480, que seria pela venda de outros bilhetes. No depoimento, ele disse ainda que comprou os bilhetes de uma outra pessoa e os revendia.
Pessoa segura celular com o aplicativo TOP, novo Bilhete Digital QR Code para embarque nas estações da CPTM e do Metrô de São Paulo. — Foto: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo
“Estamos investigamos com a frente de crime contra a economia popular, crime de estelionato, tendo como vítima cada um dos passageiros que não conseguiram usufruir do serviço e a receptação qualificada por ele ter o documento fraudado”, afirmou Georges Amauri Lopes, delegado do caso.
O homem foi liberado porque não houve o flagrante policial.
A CPTM informou que esta foi a primeira vez que o sistema foi burlado e que vai investir mais em segurança.
“O sistema é feito para não haver nenhum tipo de fraude, obviamente os hackers estão aí, estão buscando formas de poder burlar. Obviamente sempre haverá ataques, buscas de formas de romper esse sistema. Mas estamos muito seguros de que é o melhor sistema e ele continuará. Investimentos serão feitos para ficar ainda mais seguro.”, afirma Paulo José, secretário dos Transportes Metropolitanos.
O bilhete unitário digital foi lançado em dezembro de 2020. Batizado de TOP, funciona por meio de QR Code em aplicativo de celular ou pode ser impresso em máquinas de autoatendimento.
O valor da passagem é o mesmo do Bilhete Único: R$ 4,40. O usuário pode comprar diariamente pelo aplicativo até dez bilhetes que não têm prazo para expirar. Os bilhetes unitários em papel ainda não têm data para sair de circulação.
Em outubro, o TOP começou a substituir o cartão Bom no transporte público da Grande São Paulo. Ainda assim, passageiros reclamam que o sistema funciona mal.
No dia 22, o SP1 percorreu algumas estações e ouviu reclamações dos passageiros dizendo que o aplicativo TOP não estava funcionando ou estava travando.
No dia 23, o secretário de Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo, Paulo Galli, minimizou as falhas relatadas por usuários do transporte público com o bilhete TOP e afirmou que os problemas fazem parte da “curva de aprendizado” de utilização do sistema.
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