A Polícia Federal passou a investigar transações financeiras entre quatro assessores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado
Redação Publicado em 09/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h02
A Polícia Federal passou a investigar transações financeiras entre quatro assessores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves , e blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. A apuração acontece no âmbito do inquérito que investiga a realização e o financiamento de atos antidemocráticos e que tem Eustáquio como um dos alvos, que chegou a ficar preso por dez dias.
As suspeitas foram apontadas pela delegada Denisse Dias Ribeiro durante depoimento de Sandra Mara Eustáquio, conhecida como Sandra Terena, esposa de Eustáquio e ex-secretária Políticas de Promoção da Igualdade Racial do ministério de Damares. Ela foi exonerada após ser revelado que a PF investigava a relação de Sandra com os atos antidemocráticos.
Durante o depoimento , a delegada questionou Sandra sobre diversos repasses do jornalista Oswaldo Eustáquio para quatro funcionários do ministério, em valores inferiores a R$ 10 mil. Parte das transferências foram justificados por Sandra como o pagamento de empréstimos, enquanto outra parte ela preferiu não esclarecer e usou seu direito de permanecer calada.
A PF também perguntou por que uma funcionária do ministério pagou, em junho deste ano, o aluguel da residência onde Sandra e Eustáquio moravam em uma área nobre de Brasília no valor de R$ 5.333,33. Ela respondeu que pediu o dinheiro emprestado para a funcionária. No entanto, quando Sandra foi perguntada se a servidora pagava contas em seu nome, recorreu novamente ao direito de ficar em silêncio.
A delegada também questionou o endereço dessa funcionária e se ela “desempenha atividades de lides do lar” na casa do casal. Sandra disse que a servidora não exercia atividades domésticas em sua casa, mas não quis responder sobre o endereço da ex-colega.
A delegada ainda questionou Sandra se ela repassou informações internas do ministério para os grupos que organizaram atos antidemocráticos, o que ela negou. Sandra também afirmou ser contra a intervenção militar e disse não ter participação nas manifestações.
Perguntada sobre sua r elação com Damares Alves , Sandra afirmou que conhece a ministra há aproximadamente dez anos por ser pesquisadora da área de infanticídio indígena, que seria um assunto de interesse da ministra.
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