Após especulações sobre técnicas de edição em embriões humanos, a "Nature" publicou nesta quarta-feira (2) artigo que descreve detalhadamente como
Redação Publicado em 02/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 16h09
Após especulações sobre técnicas de edição em embriões humanos, a “Nature” publicou nesta quarta-feira (2) artigo que descreve detalhadamente como pesquisadores modificaram genes defeituosos em embriões humanos com técnica revolucionária de edição genética — a Crispr, que permite a modificação precisa de genes.
A façanha é particularmente importante porque indica que o genoma humano pode ser modificado para a correção de doenças — e, de fato, foi o que os cientistas almejaram. O artigo da “Nature” descreve que a técnica foi utilizada para a correção de uma mutação no gene MYBPC3, ligado a cardiomiopatia miotrófica, condição genética hereditária que dificulta o bombeamento do sangue.
Cientistas não “curaram” pessoas com a doença. Eles apenas demonstraram que isso pode ser possível já que a técnica foi aplicada em embriões humanos viáveis. Primeiro, utilizaram esperma de um doador que continha o gene para a doença cardíaca. Depois, fertilizaram óvulos de mulheres saudáveis com o material.
O feito já havia sido divulgado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) na semana passada. Com a publicação da “Nature”, no entanto, isso significa que a técnica foi referendada pela comunidade científica (já que o artigo foi revisado por outros cientistas antes da publicação).
Técnicas de edição do genoma humano é um feito há muito tempo almejado por cientistas, já que, teoricamente, isso indicaria que condições genéticas não mais serão uma “sentença” para toda a vida. Antes, cientistas chineses já reportaram a edição do DNA humano com sucesso e outros times de pesquisadores também pesquisam a utilização da técnica para correção do DNA em embriões.
Agora, melhorias importantes foram feitas para que a técnica se tornasse mais segura. Pesquisadores alertam, no entanto, que ainda há muito o que considerar para a aplicação clínica da técnica — como a necessidade da reprodução do mesmo feito em outras mutações genéticas.
A edição do genoma antes do nascimento é um tema há muito debatido na sociedade pela possibilidade de abuso no uso da técnica — como, por exemplo, a correção do DNA para determinadas predileções estéticas ou de raça.
Um relatório recente da Academia de Ciência, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos defendeu que cientistas não deveriam utilizar a técnica ainda para editar embriões antes da gravidez. O uso no laboratório, no entanto, foi considerado aceitável pela entidade.
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