Se a última impressão é a que fica, o roteiro da sexta rodada de inspeções aos estádios Copa de 2018 não poderia ter sido melhor. De todos os oito que ainda
Redação Publicado em 05/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 17h39
Se a última impressão é a que fica, o roteiro da sexta rodada de inspeções aos estádios Copa de 2018 não poderia ter sido melhor. De todos os oito que ainda não receberam testes, o Luzhniki, em Moscou, palco do jogo de abertura e da final do Mundial, é o que está mais perto de ser aberto ao público. Toda a estrutura interna do estádio com 81 mil lugares está pronta. A reinauguração do gigante construído em 1956, utilizado nos Jogos Olímpicos de 1980 e reformado para a Copa, será no dia 10 de novembro, num amistoso da seleção russa ainda sem adversário confirmado.
– Como vocês podem ver o Luzhniki é magnífico. Realmente é um estádio adequado para o jogo de abertura e a final da Copa do Mundo. O foco aqui agora é como adaptar a área no entorno do estádio às estruturas operacionais que vamos precisar na Copa. Isso vai ser resolvido no primeiro trimestre do ano que vem. – disse o chefe do departamento de competições e eventos da FIFA, Colin Smith.
Fifa esteve no Luzhniki na sexta etapa da vistoria nos estádios da Copa, nesta quinta (Foto: Reuters)
No entanto, a visita de 10 dias da FIFA por oito cidades e oito estádios da Copa do Mundo teve momentos menos agradáveis para o Comitê Organizador Local. Especialmente, por causa de dois estádios: o de Samara, que vai receber seis jogos da Copa, e o de Kaliningrado, que terá outras 4 partidas. Nessas duas cidades, as fotos mais recentes desafiam o prazo original de entrega das obras, que seria dezembro de 2017. Na entrevista coletiva de avaliação final da visita para a imprensa local e internacional, os representantes da FIFA e do COL evitaram falar em datas exatas. Preferiram dizer que os próximos três meses serão cruciais para a conclusão dos trabalhos.
Cadeiras do Luzhniki sem proteção (Foto: Reuters)
Em Kaliningrado, o maior problema é a região no entorno do estádio. Com capacidade para 35.200 torcedores, ele foi construído numa área próxima ao centro da cidade, onde antes havia um pântano. Todo a região foi aterrada, e o estádio erguido sobre uma estrutura de pilares com 26 metros de altura que ficam abaixo do nível do solo. As dificuldades técnicas do projeto deixaram a parte urbanística em segundo plano. O que se vê hoje em Kaliningrado e um estádio moderno cercado por um grande areal num raio de 500 metros, sem asfalto, calçadas, jardins e os prédios imaginados inicialmente.
Kaliningrado terá capacidade para 35.200 torcedores (Foto: Marcelo Courrege)
Em Samara, o estádio ainda está sem gramado e sem cobertura, além de problemas no entorno similares aos de Kaliningrado. Os atrasos nas obras fizeram o presidente da Rússia, Vladimir Putin, cobrar o Comitê Organizador Local publicamente na última terça-feira, em Volgogrado. Segundo Putin, o COL não pode mais se dar ao luxo de cometer novos atrasos.
– As empreiteiras, a cidade, e a região de Samara indicaram que será possível entregar esse estádio até o fim do ano. Logo depois da entrega, os comissários de sistemas de engenharia vão lá para aprovar a obra. Esse é um dos casos em que o prazo está apertado, mas ele precisa ser respeitado. – explicou Colin Smith.
Em Kaliningrado, o maior problema é a região no entorno do estádio (Foto: Marcelo Courrege)
O chefe do departamento de competições e eventos da FIFA também comentou a polêmica sobre o estádio de Iecaterimburgo viralizada nas redes sociais. Nesta semana, uma foto da obra virou motivo de piada por causa das arquibancadas provisórias montadas atrás dos gols. O conceito é parecido com o usado na Arena Corinthians para a Copa de 2014, quando o estádio tinha capacidade para 63 mil pessoas, aproximadamente 14 mil a mais do que a capacidade atual.
O estádio Central de Iecaterimburgo terá 35.696 lugares disponíveis durante a Copa, número considerado excessivo para a frequência de torcedores nos jogos do FC Ural, clube da primeira divisão russa que vai assumir a administração do local após o Mundial.
– Eu vi as fotos e os artigos que estão sendo comentados. Eu concordo que do jeito que essas fotos foram apresentadas a construção parece um pouco incomum. Mas em termos de visão para o campo, que é o que realmente interessa aos espectadores quando estão lá, eles terão uma visão fantástica do que vaio acontecer em campo. – concluiu Colin Smith.
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