O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou hoje (18) da abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde, órgão decisório da Organização Mundial da
Redação Publicado em 18/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h37
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou hoje (18) da abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde, órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em sua fala, o ministro disse que a disseminação do novo coronavírus (covid-19) trouxe grandes desafios para todos os países do mundo e ressaltou a importância da saúde universal para o desenvolvimento e para segurança das nações.
O evento acontece todos os anos em maio, em Genebra, na Suíça. Este ano, devido à pandemia, a reunião foi virtual e transmitida pelo site da OMS. Na abertura, o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, fez um pronunciamento em que afirma que há um longo caminho a ser percorrido ainda em relação à covid-19.
Além da fala do diretor-geral e da eleição de Keva Bain, representante permanente das Bahamas nas Nações Unidas, para a presidência da 73ª Assembleia, representantes dos estados-membros também fizeram seus pronunciamentos.
Representando o Brasil, Pazuello, que discursou em inglês, disse que o país está organizado em duas macroestruturas no combate à covid-19. Uma delas é o Comitê de Crise, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, e a outra é o Comitê de Operações de Emergência, coordenado pelo Ministério da Saúde.
“O primeiro tem a missão de propor, acompanhar e articular medidas intersetoriais, e o segundo tem a missão de definir estratégias e ações do sistema de saúde, relacionadas às respostas da emergência de saúde pública para fazer frente ao coronavírus”, disse Pazuello. Ele iniciou sua fala prestando solidariedade às famílias que perderam entes queridos para o novo coronavírus em todo o mundo, especialmente no Brasil.
O ministro interino manifestou a disposição do Brasil em apoiar e participar das iniciativas e cooperações internacionais para diagnóstico, medicamentos, vacina e tratamento da pandemia. E disse que, pelo fato de o Brasil ser um país de dimensões continentais, as estratégias estão sendo pensadas especificamente para cada região e que o foco, no momento, está nas regiões Norte e Nordeste, as mais afetadas até o momento.
“O governo federal conduz avaliações diárias das situações de risco em cada localidade, reforçando estados e municípios com os recursos necessários, financeiros, materiais e pessoal, para mitigar os efeitos da pandemia. Além disso, o Ministério da Saúde vem ajustando seus protocolos com base em evidências e nas experiências exitosas nacionais e internacionais dos lugares mais afetados”, disse.
O ministro agradeceu os esforços dos milhares de profissionais da saúde envolvidos na batalha contra o novo coronavírus, “que corajosamente se expõem diariamente aos riscos de contaminação para salvar vidas”.
Delegações de todos os 194 estados membros da OMS participam da reunião, que acontece hoje (18) e amanhã (19). Embora a OMS possa fazer recomendações e sugerir cursos de ação, cabe a cada governo determinar sua resposta e ações.
EBC
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