Diário de São Paulo
Siga-nos

Paraisópolis: áudios reforçam versão da polícia sobre início do tumulto

A versão dos policiais de que uma moto com dois suspeitos teria iniciado o tumulto no baile funk na favela de Paraisópolis , em São Paulo, no dia 1º de

Reprodução
Reprodução

Redação Publicado em 18/12/2019, às 00h00 - Atualizado às 17h08


Tumulto durante ação da PM em baile funk de Paraisópolis deixou nove mortos e 12 feridos. Áudios de policiais falam de moto com suspeitos no local

A versão dos policiais de que uma moto com dois suspeitos teria iniciado o tumulto no baile funk na favela de Paraisópolis , em São Paulo, no dia 1º de dezembro, foi reforçada com áudios do momento em que a operação ocorreu. Ao todo, nove pessoas morreram na ocasião.

Segundo áudios divulgados pela TV Globo, as as conversas entre o Comando de Operações da Polícia Militar e os oficiais que estavam na rua são iniciadas às 3h41 do domingo. “Copom, Herbert Spencer, jogou pra cima da equipe aí”. O termo “jogar pra cima” é utilizado pelos policiais para informar que estão sob ataque.

O centro de operações confirmou o envio do apoio e PMs que estavam nas proximidades também mantiveram contato. Poucos minutos depois, outra mensagem é dada pelos policiais ao Copom: “Dois indivíduos numa [moto] XT 660 preta. O garupa, armado, camisa branca, efetuou vários disparos contra as equipes”.

Cerca de vinte minutos depois, os policiais entram em contato novamente com o comando para pedir que resgate seja acionado e afirmando que houveram feridos. “Teve correria aí, pisoteamento, pode solicitar mais de um resgate para o local”, diz uma policial.

Onze minutos depois do primeiro pedido de socorro, a policial entra em contato de novo com o Copom , afirmando que a situação é grave. Mais 17 minutos depois, outro policial liga novamente para o Copom afirmando que socorro ainda não havia chegado e identifica pelo menos nove feridos. “Vamos socorrer”, diz o policial.

Nove pessoas morreram e 12 ficaram feridas após ação policial no baile da DZ7 , dentro da favela de Paraisópolis, em São Paulo, na madrugada do dia 1º de dezembro. Mais de 30 policiais que estavam na operação foram afastados das ruas e um inquérito foi aberto para investigar o caso.

A versão da polícia é de que uma moto teria passado entre a multidão , o que teria causado tumulto e ocasionado os pisoteamentos. A versão dos frequentadores do baile é de que a polícia armou uma emboscada, limitando a evasão do público do local e causando o pisoteamento.

iG

Compartilhe  

últimas notícias