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Paciente canta durante cirurgia para retirada de tumor no cérebro em Rio Preto

Equipe médica precisava que a paciente Maria Filomena da Costa permanecesse acordada e falando, momento em que ela resolveu soltar a voz durante as 8 horas de

Paciente canta durante cirurgia para retirada de tumor no cérebro em Rio Preto
Paciente canta durante cirurgia para retirada de tumor no cérebro em Rio Preto

Redação Publicado em 12/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 20h14


Equipe médica precisava que a paciente Maria Filomena da Costa permanecesse acordada e falando, momento em que ela resolveu soltar a voz durante as 8 horas de cirurgia.Uma paciente do Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) surpreendeu médicos durante uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro. Enquanto a equipe médica fazia o procedimento, a paciente Maria Filomena da Costa, de 45 anos, cantava uma música religiosa.

A cena emocionou toda a equipe médica que estava no centro cirúrgico. Maria Filomena cantou uma música que ela mesma escreveu enquanto passava por uma cirurgia extremamente delicada.

O procedimento foi realizado na segunda-feira (7) e, quatro dias depois, ela se encontrou com um dos médicos responsáveis pela operação.

“Não imaginava que iria conseguir cantar, mas consegui. Obrigada aos médicos por tudo que fizeram por mim”, disse a paciente, que é de Cedral (SP).

A equipe médica precisava que a paciente estivesse o todo tempo acordada durante a cirurgia. Maria tinha um tumor benigno numa região do cérebro responsável pela fala e cognição. Era importante então que ela conversasse com a equipe durante a cirurgia.

“O grande risco seria ela perder a fala, por isso foi programado para fazer o mapeamento da fala, com estímulos elétricos no cérebro e testes durante a cirurgia para ela nomear objetos e cores. E ela cantar enquanto o tumor era retirando deu segurança para a gente fazer tudo sem afetar a área da fala”, afirma o neurocirurgião Carlos Rocha.

Foram oito horas no centro cirúrgico em um trabalho que envolveu vários profissionais. “Não esperava isso. Ela pediu para cantar uma coisa, não tinha sido combinado nada. O que estava combinado era ela responder o que a gente perguntava”, diz a anestesista Paula Fialho.

Desde que descobriu o tumor no cérebro até o dia da cirurgia, foram dois anos de uma espera angustiante para Maria e toda sua família, por isso o momento de saída do hospital para ir para casa, recuperada, vai ficar gravado para sempre na memória.

“É uma oportunidade de um recomeço, uma nova chance pra viver. Espero tudo de bom agora na minha vida, tudo maravilhoso”, afirma.

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