Composto por três integrantes: Ninja, Yo-Landi Visser e Dj Hi Tech, o Die Antwoord é uma banda sul-africana de “rap-rave” que se define pelo Zef-style. O
Redação Publicado em 27/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 11h34
Composto por três integrantes: Ninja, Yo-Landi Visser e Dj Hi Tech, o Die Antwoord é uma banda sul-africana de “rap-rave” que se define pelo Zef-style. O grupo se destaca no espaço cultural pela estética diferenciada, a mistura de efeitos e vozes. Do grave masculino, ao superagudo quase infantil da figura feminina, o trio se faz representante da classe operária branca com críticas à cultura norte-americana mundialmente disseminada.
Como os próprios artistas definem, eles têm o estilo Zef. Esta subcultura surgiu em meados dos anos 80 e engloba a classe operária, branca sul-africana. O que os diferencia do pop, rap, pop-rock, dentre outros ritmos que já estamos acostumados e “alfabetizados” a ouvir e apreciar são as letras que misturam o inglês a dialetos próprios de sua região. Os artistas utilizam essa peculiaridade para tratar de temas de crítica social e ressaltar a verdadeira preferência da população: sexo, drogas e, substituindo o clichê da frase (Rock`n roll), um rap com batida acelerada.
O ápice de suas músicas é o palavreado chulo com gírias extremamente fortes em relação ao erotismo e à violência. As expressões podem se misturar entre as 11 línguas ou dialetos falados no país e podem ser comparadas ao funk “proibido” brasileiro que não deixa de ser uma expressão cultural marginal e marginalizada. A questão, no entanto, passa a ser o que pode ser considerado um nicho cultural ou simplesmente ser elevado ao patamar de cultura e representar uma população.
Os vídeos, do grupo, em sua maioria, dirigidos pelo próprio Ninja, representam o gueto e o que o local pode oferecer. O estereótipo explorado se mescla entre brancos e negros marginalizados por serem negros e terem as preferências pela diversão de que dispõem em seu ambiente, ou por serem foras-da-lei assumidos e com grande prestígio em sua comunidade. Mais uma vez nos deparamos com a estética das comunidades do Brasil.
De certa forma, a modo de expressão oriunda da realidade em que vivem, pode ser vista, pelo olhar estrangeiro, como uma forma de sensibilidade artística. Os representantes desse meio se tornam porta-vozes dessa minoria e são melhores aceitos pelos espectadores de fora, porém jugados internamente. A resposta e esta afirmativa é unicamente a cultura de massa que se encarrega de se incorporar à arte e resulta na indústria musical.
A exposição da realidade suburbana com nuances de ostentação e frieza em apresentar as fraquezas e “feiúras” da comunidade pode ser taxativa ou, em um momento de nichos e supervalorização das peculiaridades, atrativa e notória. Em tempos de tecnologia avançada, integração e interatividade, o inverso do que é belo e “correto” é cultuado como pontos de intelectualidade e inspiração artística. O “entender a arte” passa por uma remodelação e redefinição. “A Faculdade de Julgar” kantiniana pode facilmente se adequar à apreciação desse movimento levantado pelos músicos, ou apenas o interesse em participar desse momento universal de apreciação do anti.
Leia também
Peça teatral com Tony Ramos tem sessões canceladas em SP
Inundações na Itália mostram que mortes no Rio Grande do Sul poderiam ter sido evitadas
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
CENAS FORTES - Policial descobre traição e mata amante e esposa a tiros
VÍDEO inacreditável choca ao flagrar menina de 7 anos jogando criança em poço
Mãe de Marília Mendonça faz desabafo sobre Murilo Huff, ex da cantora
IMAGENS FORTES: veja como foi o 'trabalho' feito para Gracyanne Barbosa ficar com Belo
Zolpidem: como o aumento das regras pode influenciar no uso do medicamento
Peça teatral com Tony Ramos tem sessões canceladas em SP
Projeto de moradias provisórias está sendo desenvolvido pelo Governo do RS