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Merkel abre mão da presidência do seu partido e vai deixar governo no fim do mandato

"Em segundo lugar, esse quarto mandato é meu último como chanceler da Alemanha. Na eleição federal em 2021, eu não me apresentarei novamente como candidata a

Merkel abre mão da presidência do seu partido e vai deixar governo no fim do mandato
Merkel abre mão da presidência do seu partido e vai deixar governo no fim do mandato

Redação Publicado em 29/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h53


Chanceler alemã desistiu de concorrer novamente à liderança do governo, cargo que ocupa há 13 anos, após derrota do seu partido nas eleições em Hessen.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou nesta segunda-feira (29) que deixará o cargo no fim do mandato, em 2021. Ela ocupa esse posto há 13 anos. Merkel também decidiu que não vai mais se candidatar à presidência do seu partido, o Partido Democrata Cristão (CDU).
Ela está à frente da CDU há 18 anos, mas sua liderança saiu enfraquecida depois do desastre na eleição regional em Hessen, onde o partido perdeu mais de 11 pontos percentuais em relação ao pleito anterior.
“Em primeiro lugar, no próximo congresso do partido CDU em dezembro, em Hamburgo, eu não me apresentarei novamente como candidata para presidente da CDU”, declarou Merkel à imprensa.

“Em segundo lugar, esse quarto mandato é meu último como chanceler da Alemanha. Na eleição federal em 2021, eu não me apresentarei novamente como candidata a chanceler, nem como candidata ao Parlamento, e… não buscarei mais nenhum cargo político”, acrescentou a chanceler.

Entre os possíveis sucessores de Merkel à frente da CDU está o jurista Friedrich Merz, que entre 2000 e 2002 foi o líder da bancada conservadora no Bundestag (Parlamento alemão), de acordo com a Deutsche Welle.
A perda de eleitores é atribuída à insatisfação popular com a coalizão de governo da Alemanha, depois de meses de brigas políticas internas.

Votação em Hessen

No domingo (28), os eleitores de Hessen garantiram uma votação recorde para o Partido Verde no estado alemão, com 19,8% dos votos, o mesmo percentual do Partido Social-Democrata (SPD), que despencou 10,9 pontos percentuais. A CDU ficou à frente, com 27% dos votos, mas 11,3 pontos percentuais abaixo do resultado da eleição anterior, de 2013.
Apesar das perdas, a CDU deve se manter à frente do governo de Hessen, provavelmente numa repetição da atual coalizão, com o Partido Verde. Juntos, os dois partidos tem 69 assentos. Os demais partidos têm 68. Uma segunda opção seria incluir também o Partido Liberal (FDP) no governo para aumentar a vantagem. Os liberais, que obtiveram 7,5% dos votos, já sinalizaram disposição para entrar no governo, e os verdes também se mostraram receptivos a essa opção.

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