Mais de 200 famílias que moram na favela da Vila Itália, em São José do Rio Preto (SP), aguardam a prefeitura decidir para onde serão levadas, caso a área da
Redação Publicado em 11/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 19h45
Mais de 200 famílias que moram na favela da Vila Itália, em São José do Rio Preto (SP), aguardam a prefeitura decidir para onde serão levadas, caso a área da favela tenha que ser desocupada por decisão judicial.
O prazo para a prefeitura apresentar à Justiça uma decisão concreta sobre a situação desses moradores termina no final deste mês, já que a prefeitura solicitou um adiamento de 15 dias. Desde dezembro de 2016, o município ficou responsável por montar uma planilha com informações sobre os moradores que ocuparam a área pertencente à prefeitura, como origem das famílias, renda, quantidade de filhos e o motivo pelo qual foram parar naquele local.
“Caso haja reintegração de posse que haja um estudo de reassentamento dessas famílias em algum lugar digno, dos pertences, transporte dos moradores”, afirma a defensora pública Bruna Hernandes da Costa.
A ocupação do local já vai completar um ano. As famílias vivem em condições precárias, sem saneamento básico e a energia chega apenas por meio de ligações clandestinas. Os barracos também não possuem segurança e, por isso, os moradores também vivem com medo. “É perigoso escapar algum fio de energia e atingir nossas crianças”, afirma a moradora Jéssica Mangueira.
Além disso, a situação das crianças que moram nos barracos é preocupante. Como não há transporte escolar, elas correm risco ao atravessar a linha do trem a pé para chegar à escola. “Enquanto não decidem o que vão fazer com a gente, eles têm que arrumar pelo menos uma van para levar as crianças até a escola”, diz a moradora Michele Bispo.
Sobre a falta de transporte escolar, a Secretaria Municipal de Educação informou que cinco crianças já têm acesso ao benefício, por ordem judicial. Mas a Secretaria aguarda uma definição da prefeitura para poder planejar o transporte das outras crianças. Ainda segundo a Secretaria, o veículo que poderia fazer esse serviço está em manutenção.
De acordo com a prefeitura, o prazo para a conclusão do estudo com o perfil dos moradores termina no dia 24 e a ideia é apresentar soluções definitivas até essa data.
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