Redação Publicado em 01/07/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h42
Quase 18% da população do estado de São Paulo está abaixo da linha de pobreza, de acordo com o Mapa da Nova Pobreza. São Paulo está entre os dez estados em que o número de pobres mais aumentou durante a pandemia.
O estudo foi feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social, que calculou o número de pessoas em todo o país que vivem com menos de R$ 497 por mês.
Na capital, 12,26% da população vivia abaixo da linha da pobreza em 2019, antes da pandemia. No ano passado, já eram 17,46%.
No Brasil, o contingente de pessoas com renda per capita até R$ 497 mensais passou de 62 milhões de brasileiros em 2021, quase 30% da população do país. São 9 milhões a mais do que em 2019. Esses 9 milhões de pessoas é quase a população de Portugal, ou seja, um país inteiro com pessoas que ficaram pobres ao longo da pandemia.
De acordo com Marcelo Neri, diretor da FGV Social, o aumento da inflação e do desemprego, além de oscilações em políticas sociais, ajudam a explicar o fenômeno.
“Houve um aumento da inflação que corroeu o salário dos trabalhadores e a renda em geral dos trabalhadores. E além disso, os auxílios emergenciais,Auxílio Brasile Bolsa Família, flutuaram muito durante a pandemia. Então eu diria que a dificuldade no mercado de trabalho e as flutuações da política social são os dois grandes determinantes desse empobrecimento da população paulista.”
O responsável pela pesquisa afirma que o combate à miséria precisa de programas sociais que alcancem mais pessoas, mas não só isso.
“Auxílio Brasil, programas estaduais, locais de geração de renda, mas acima de tudo para ter o bom combate a longo prazo da pobreza é preciso recuperar a educação, a gente teve um atraso na performance escolar exclusivo nos estudos do estado de São Paulo. E a gente tem que voltar à geração de renda. O emprego está voltando, esta é a boa notícia, mas de uma forma insuficiente a compensar o impacto da inflação.”
A região metropolitana de São Paulo foi dividida em duas partes na pesquisa. Na leste, onde estão Guarulhos e Mogi das Cruzes, a pobreza ficou estável durante a pandemia, mas em um patamar maior do que na capital, de 19,31% em 2019 para 19,26% em 2021.
No lado oeste, incluindo Osasco, Barueri e Itapevi, por exemplo, aumentou de 14,34% para 20,15%.
Em todo o estado, a pior situação, segundo a pesquisa, está no Vale do Paraíba e no Litoral Norte. Nesses locais, 21,69% da população está abaixo da linha da pobreza e é onde mais piorou na pandemia. Em 2019, essa população era de 14,60%.
Campinas tem 12,12% da sua população vivendo abaixo da linha da pobreza, o menor percentual do estado.
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