A Espanha, um dos países mais atingidos pela epidemia global do coronavírus, começou a afrouxar nesta segunda-feira (13) as restrições duras do isolamento,
Redação Publicado em 13/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h16
A Espanha, um dos países mais atingidos pela epidemia global do coronavírus, começou a afrouxar nesta segunda-feira (13) as restrições duras do isolamento, que mantiveram as pessoas em casa durante mais de um mês e frearam a atividade econômica.
O número cumulativo de mortes causadas pelo novo coronavírus chegou a 17.489 hoje, 517 acima das 16.972 desse domingo, disse o Ministério da Saúde. Os casos confirmados totalizaram 169.496, ante os 166.019 do dia anterior.
Foi o menor aumento diário proporcional de mortes e novas infecções.
Como há sinais de melhora dos números, alguns negócios tiveram permissão de reabrir, como a construção e a manufatura.
Mas a maior parte da população continua confinada em suas casas. Lojas, bares e espaços públicos permanecerão fechados pelo menos até 26 de abril.
Pessoas presentes em grandes polos de transporte receberam máscaras da polícia ao sair para trabalhar na manhã de hoje.
“A saúde dos trabalhadores precisa ser garantida. Se isso for minimamente afetado, a atividade não pode recomeçar”, disse o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, à Rádio Cadena Ser.
As restrições do isolamento ajudaram a desacelerar um índice de mortalidade crescente, que chegou ao pico no início de abril, mas testaram a determinação de pessoas retidas em casa.
“Você finalmente se convence de que estamos em casa por uma boa causa”, disse Benito Guerrero, consultor de comunicação, 28 anos, ainda isolado em Madri.
Só alguns usuários do transporte interurbano entravam e saíam da estação de trem madrilenha de Atocha, normalmente movimentada, na manhã desta segunda-feira. O tráfego também era leve nas ruas, onde o que mais se via eram ônibus da rede pública.
Carlos Mogorrón Flores, engenheiro civil de 27 anos de Talarrubias, em Extremadura, planejava voltar ao trabalho nesta terça-feira (14), mas disse que isso ainda é arriscado.
“Teria preferido esperar mais 15 dias confinado em casa, ou ao menos mais uma semana, e depois voltar. Você sempre fica com medo de pegar (o vírus), e ainda mais sabendo que sua vida pode estar em perigo, ou dos seus parentes”, disse.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse no domingo que a decisão de reativar alguns setores foi tomada depois de consulta a um comitê de especialistas. Qualquer relaxamento adicional dependerá dos avanços na luta contra o vírus.
ABr
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