Um especialista japonês afirmou que será difícil controlar infecções e prevenir a disseminação do novo coronavírus, ligado a um surto de pneumonia na China.
Redação Publicado em 27/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h34
Um especialista japonês afirmou que será difícil controlar infecções e prevenir a disseminação do novo coronavírus, ligado a um surto de pneumonia na China.
O professor Mitsuo Kaku da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, diz que infecções podem ocorrer mesmo quando as pessoas não apresentam sintomas. Ele alerta que o número de pacientes infectados também pode aumentar no Japão.
Kaku diz que o número de casos na China aumenta apesar das restrições de mobilidade em grande escala determinadas para a cidade de Wuhan, o epicentro do surto, e em outras localidades no país.
Afirmou também que autoridades chinesas parecem ter uma crescente noção de urgência em relação aos casos, pois pessoas infectadas com o vírus provavelmente continuam a disseminá-lo mesmo durante o período de incubação.
Kaku disse que a nova linhagem do vírus é diferente dos que causaram as epidemias de síndromes respiratórias agudas SARS e MERS. Acredita-se que, na ausência de sintomas como tosse e coriza, pacientes acometidos pela SARS ou MERS não teriam infectado outras pessoas.
O professor alerta que quem possui doenças crônicas pode ficar gravemente doente se for infectado pelo novo vírus. Ele insiste que as pessoas não encarem o vírus de forma branda, pois trata-se de uma nova linhagem que nunca antes havia infectado seres humanos.
Kaku diz que médicos especialistas têm dificuldade em diagnosticar pacientes que apresentam apenas sintomas leves. E pede que as pessoas evitem tocar o nariz, a boca e os olhos para minimizar o contágio.
Firmas japonesas estão se preparando para trazer de volta ao Japão seus funcionários e familiares lotados em Wuhan, a cidade chinesa no epicentro do surto de coronavírus.
A Organização de Comércio Exterior do Japão diz que cerca de 160 empresas do país operam na cidade e outras localidades nos arredores.
Metade das firmas são parte da indústria automotiva, incluindo a fabricante Honda. Executivos da empresa planejam repatriar funcionários e familiares, afirmando que vão trazer cerca de 30 pessoas de volta ao país.
A varejista Aeon também possui 12 funcionários japoneses em uma empresa do mesmo grupo, baseada em Wuhan. Foi comunicado que a firma deve trazer todos de volta, com exceção dos que ocupam cargos essenciais para a operação de cinco supermercados na cidade.
A fabricante de pneus Bridgestone também conta com dois funcionários japoneses na região chinesa afetada pelo surto. Foi informado que um deles já voltou para o Japão e o outro espera retornar em um voo fretado.
ABr
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