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Cirurgia em bebê durante gestação é feita pela 1ª vez em Rio Preto pelo SUS

Uma cirurgia inédita pelo SUS em São José do Rio Preto (SP) salvou a vida de uma criança ainda durante a gestação. O procedimento foi realizado no Hospital da

Cirurgia em bebê durante gestação é feita pela 1ª vez em Rio Preto pelo SUS
Cirurgia em bebê durante gestação é feita pela 1ª vez em Rio Preto pelo SUS

Redação Publicado em 25/01/2018, às 00h00 - Atualizado às 16h03


Uma cirurgia inédita pelo SUS em São José do Rio Preto (SP) salvou a vida de uma criança ainda durante a gestação. O procedimento foi realizado no Hospital da Criança e Maternidade da cidade no último dia 11.

A mamãe Íris Andrade passou por uma fetoscopia ao descobrir que estava grávida de gêmeos, mas que um dos bebês não se desenvolveu e se transformou em uma massa e estava prejudicando o desenvolvimento do outro que estava sadio.

Ela estava em uma gestação arriscada e a cirurgia trouxe esperanças da mãe ver a filha nascer. “Eu descobri com 20 semanas no ultrassom morfológico e o médico explicou que uma massa não estava sendo gerada e conforme a massa crescia, a bebê sadia corria risco porque tinha que bombear sangue tanto para ela quanto para essa massa”, explica a paciente.

O procedimento é realizado por meio de uma câmera, que alcança o útero da paciente e cauteriza vasos, tumores e outros contratempos que possam atrapalhar o desenvolvimento do bebê.

Procedimento é realizado por meio de uma câmera, que alcança o útero da paciente e cauteriza vasos (Foto: Reprodução/TV TEM)

Procedimento é realizado por meio de uma câmera, que alcança o útero da paciente e cauteriza vasos (Foto: Reprodução/TV TEM)

O médico responsável pela cirurgia em Rio Preto estudou a fetoscopia na Espanha e Estados Unidos. Ele explica que, muitas vezes, o diagnóstico tardio pode dificultar o tratamento e que a cirurgia só é realizada em casos onde a vida do bebê está em risco.

“A gente recebe pacientes muito tardiamente, onde não há condições de tratar e infelizmente com erros de diagnósticos. Elas poderiam ter se beneficiado com o tratamento caso o diagnóstico tivesse sido feito precocemente e da maneira correta”, explica o médico especialista em medicina fetal Gustavo Henrique de Oliveira.

O quanto antes o caso for identificado, a paciente tem mais chances de garantir o desenvolvimento da gravidez. Além do pré-natal, agora a Íris precisa fazer um acompanhamento especial até o final da gestação.

“O procedimento foi muito esperado e foi um sucesso. Pelo ultrassom vimos que a bebê está perfeita”, conclui a gestante.

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