Allana Brittes enviou mensagens para uma testemunha um dia após o assassinato do jogador Daniel, e disse que queria se reunir para chamar para uma nova festa
Redação Publicado em 21/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h06
Allana Brittes enviou mensagens para uma testemunha um dia após o assassinato do jogador Daniel, e disse que queria se reunir para chamar para uma nova festa que seria realizada na semana seguinte ao crime, de acordo com o inquérito da Polícia Civil de São José dos Pinhais.
Nas mensagens, Allana, filha de Edison Brittes, convidou a testemunha para comer em um shopping de São José dos Pinhais.
Segundo a polícia, neste encontro, Edison reuniu os envolvidos para combinar uma versão sobre o crime, que deveria ser mantida como um pacto.
Ainda conforme a polícia, Edison afirmou que, se alguém rompesse a versão combinada, ficaria sabendo quem descumpriu o pacto.
O corpo do jogador Daniel foi encontrado após a festa de aniversário de Allana Brittes. Segundo a polícia, o atleta foi espancado e morto. Edison Brittes assumiu a autoria do crime em seu depoimento.
Sete pessoas foram presas: o empresário Edison Brittes; Allana; Cristiana Brittes, esposa de Edison; e os suspeitos de participarem das agressões: Eduardo Purkote, Eduardo da Silva (namorado da prima de Cristiana Brittes), Ygor King e David Willian.
De acordo com o advogado da testemunha, Jacob Filho, as mensagens enviadas por Allana eram uma “desculpa” para atrair as pessoas que estavam na festa para combinar a versão de que Daniel tinha saído vivo da casa da família Brittes.
“A Allana mandava mensagens com supostas desculpas e mentiras do tipo ‘venha nos encontrar para mais uma festinha’, ‘tem mais um churrasco para fazer’ . [A testemunha] se esquivava e não sabia exatamente o que fazer”, disse o advogado.
A conversa de Allana com a testemunha começou ainda no dia do crime, no período da tarde, e o convite para o encontro no shopping foi feito no dia seguinte ao assassinato do jogador.
De acordo com o advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone, não existia nova festa. “Não tinha suposta ‘festinha’. O que nitidamente se interpreta daquilo é que ela atraiu os meninos para terem aquela conversa. Naquele momento, que não houve coação de testemunha, ela ficou responsável por chamar estes meninos”, disse.
“Não tinha festinha de nada. O clima era trágico e todos estavam acometidos pela tragédia”, afirmou Dalledone.
Segundo o advogado Jacob Filho, na semana do crime, a testemunha também recebeu mensagens de um amigo em comum entre ela e Edison Brittes alertando que o jovem estava correndo perigo.
A testemunha que recebeu as ameaças está escondida em uma cidade fora do Paraná, segundo a defesa. “Ele está escondido, com muito medo, amedrontado, obviamente, porque se deparou com uma situação como essa”, afirmou o advogado.
A defesa de Edison Brittes afirmou que os áudios apresentados às autoridades policiais não possuem validade jurídica.
O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan, informou que o inquérito deve ser entregue ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta quarta-feira (21).
Ele também disse que vai indiciar o empresário Edison Brittes e outros três suspeitos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver pela morte do jogador Daniel Correa.
A esposa de Edison, Cristiana Brittes, e a filha do casal, Allana Brittes, serão indiciadas por coação de testemunha e fraude processual, de acordo com a polícia.
Veja por quais crimes cada um deve ser indiciado:
A defesa da família Brittes informou que só vai se manifestar sobre as impressões do delegado quando ele formalizar o relatório.
A defesa de Eduardo Purkote disse que não teve acesso ao relatório final do inquérito e que mantém o posicionamento que o Eduardo não participou das agressões e dos fatos alegados por alguns dos indiciados.
A defesa de Ygor King e David William da Silva afirmou que só irá se manifestar após ter acesso ao relatório final do inquérito.
A defesa de Eduardo da Silva disse que vai aguardar a manifestação do representante do Ministério Público para se manifestar.
Os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal (IML), que devem ficar prontos na quinta-feira (22), serão anexados posteriormente.
O corpo do jogador Daniel, de 24 anos, foi encontrado perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, no dia 27 de outubro. O órgão sexual do jogador foi mutilado no crime.
Segundo a polícia, Daniel foi morto depois de uma festa em comemoração ao aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes Júnior. A festa começou em uma casa noturna, em Curitiba, na sexta-feira (26), e terminou na manhã de sábado (27), na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais.
Edison Brittes Júnior disse que cometeu o crime porque o jogador tentou estuprar a esposa, Cristiana Brittes. A Polícia Civil informou, depois de ouvir testemunhas, que não houve tentativa de estupro no caso.
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