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Leo Dias sobre SBT: “já não era mais tão querido assim”

Diário– A rotina traz problemas?

Leo Dias sobre SBT: “já não era mais tão querido assim”
Leo Dias sobre SBT: “já não era mais tão querido assim”

Redação Publicado em 28/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h44


Leo Dias vai assinar coluna no Diário de São Paulo e Jornal Bom Dia; saída da TV foi polêmica

O polêmico jornalista de celebridades, Leo Dias, que deixou o SBT, onde
integrava o elenco do programa “Fofocalizando”, ao lado de Lívia
Andrade, Décio Pitinini e Leão Lobo, disse que sua saída do canal se dá
pelo fato de não estar se sentindo valorizado. ” É um trabalho muito
exaustivo. Eu sou um cara que vivo em movimento. Sempre quero o novo”.
Dias passa a assinar uma coluna diária neste Diário.

Dias também disse que “mais do mesmo, não faz feliz”. Para o jornalista,
entre o elenco do SBT, ele “já não era mais tão querido assim”. Nesta
entrevista ao Diário, Leo Dias revela que não é um produto da televisão.
Ele começou a carreira profissional em jornal impresso. Leo Dias também
revela que não gosta muito de lidar com a fama.

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Foto/Facebook

Diário– Em que circunstâncias você sai do SBT?

Leo– Eu já vinha pensando há muito tempo em sair do SBT, porque não
vinha me sentindo valorizado. É um trabalho exaustivo demais. Eu sou um
cara que vivo em movimento. Sempre quero o novo. Quero novidade. Mais do
mesmo e a rotina não fazem bem. Eu já não era tão querido assim pelo
próprio elenco. Não via a hora de ir embora. Ninguém é insubstituível.
Depois da minha suspensão decidi finalizar e deixar a vida me levar. Eu
decidi uma estratégia que é a seguinte: encontrar outra oportunidade de
ter renda parecida com a do SBT. Através dos jornais eu encontrei. Foi
através dos jornais que eu fechei uma renda igual à do SBT.A fama me
incomodava um pouco. Chegar em um restaurante e perceber que na mesa ao
lado estão falando de você, é estranho. Todo mundo molhando para você, é
estranho. Eu preciso me valorizar.

Diário– A rotina traz problemas?

Leo– Eu cometi erros, falhas, talvez por não suportar a rotina. Mas, eu
só tenho a agradecer. Esses três anos mudaram a minha vida
completamente.

Diário– Como era o seu relacionamento com o elenco do Fofocalizando?

Leo – Como eu sou do Rio, era só relacionamento pelo vídeo. Com a Chris
Flores eu falava mais. Mas era um relacionamento basicamente só pelo
vídeo. A Chris Flores foi minha chefe na revista Contigo. Nosso
relacionamento vem lá de trás.

Diário– Como foi trabalhar com Leão Lobo?

Leo– Quando eu soube que iria trabalhar com o Leão (Lobo), eu disse:
“Caramba, eu vou trabalhar com o Leão Lobo, uma referência. Eu era
criança, e via o Leão na Band. E, eu me vi trabalhando com ele; é
surreal. Eu acho que eu não me encaixo muito bem na televisão. Eu sou
muito verdadeiro para a televisão. A televisão pede uma formalidade que
talvez eu não tenha. Para chegar no Fofocalizando você tem que ter uma
bagagem. Não basta uma carinha bonitinha. Você tem que ter passado por
uma redação, pela Televisão, em que ter passado. Ali todo mundo trabalha
com teleprompter.  Todo mundo ali, lê a notícia. Eu não usava
telemprompter. A notícia vinha no meu cérebro. Eu apuro a notícia. A
diferença ali (no Fofocalizando), é você estar lidando com artistas
renomados, jornalistas. Exceto a Crhis Flores, que foi minha chefe em
2001, na revista Contigo. A Crhis sabe o que faz.

Diário– O que te fez imaginar que que não era mais tão querido?

Leo– Em um determinado momento, talvez porque eu tenha exagerado na
minha informalidade eu me senti não muito benquisto. Eu vi que estava
demais ali no programa. Foi ótimo, maravilhoso enquanto durou.

Diário– Diante disso você vai ficar nas mídias sociais e impresso?

Leo– Eu trabalho no Uol. Só para ter uma noção do quanto eu estava
desvalorizado, eu ganho mais no Uol que ganhava na televisão. Foi sair a
primeira notícia e meu telefone já começou. Agora eu vou para o
impresso, de onde eu vim e eu amo.
Diário – E como se dá a sua vida para o Diário de São Paulo?

Leo– Primeiro, não dá para falar para o Brasil sem falar com São Paulo.
Não quero fazer da minha coluna no Diário de São Paulo, uma coluna
carioca. O paulista vai ver uma coluna que ele vai se identificar. Eu
cada vez me identificar com o que o paulista quer ler. Eu já trabalhei
no Diário e agora vai ser mais a minha cara.

Por Jair Viana – Diário de São Paulo

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