As empresas estão em saia justa após problemas recorrentes da crise na pandemia por coronavírus
Jessica Anjos Publicado em 16/04/2023, às 17h01
De acordo com o último dado, compartilhado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde estão sofrendo com as contas. As empresas têm estão com um prejuízo operacional de mais de R$ 10 bilhões.
Segundo O Globo, os planos de saúde estão sendo pressionados pelo aumento das consultas, exames e procedimentos feitos pelos segurados. Enquanto isso, negociam com laboratórios e hospitais para conseguir ampliar os prazos de pagamento e tentando descontos nos preços dos contratos, reduções que podem chegar até 30%.
Já para o consumidor final, a dificuldade financeira das empresas pode resultar em reajustes maiores em 2023 aos planos coletivos, que concentram mais de 80% dos clientes da saúde suplementar.
De acordo com a reportagem, a tendência é que o comportamento nos hospitais mude e os planos fiquem mais enxutos, tendo coberturas regionais, redes mais restritas e 'orientação de acesso pelo atendimento primário'. Isso significa que o procedimento padrão será uma avaliação do clínico geral ou médico de família encaminhando o paciente, só em casos necessários, para serviços especializados, como acontece no SUS. Assim, há uma redução de desperdícios.
"Este ano, não se surpreenda se grandes contratos corporativos não foram renovados. As empresas não têm mais como operar no negativo e terão que fazer reajustes mais fortes, recompor suas margens, mesmo que isso signifique reduzir o número de clientes", disse Renato Casorotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).
Apesar da base de clientes ter crescido durante ano de 2022, voltando ao patmar de 50 milhões, o aumento foi feito com planos mais baratos. "Não levou a um crescimento proporcional da receita para fazer frente ao aumento de custo", explicou Renato.
Além da crise nas operadoras dos planos de saúde, laboratórios e hospitais passaram por uma 'onda de fusões' nos últimos anos, o que prejudicou a economia dos estabelecimentos. Agora, com os juros altos, essas empresas veem seus resultados cada vez mais comprometidos.
Unindo forças e pensando no cenário atual, prestadores de serviços (laboratórios e hospitais) e operadoras (planos de saúde) estão conversando sobre novos modelos de serviço para conseguirem sair da crise.
Segundo O Globo, na última semana houve uma reunião entre a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Abramge e Fenasaúde (representante dos planos de saúde) com grandes empresas do mercado para tentarem entrar em um acordo, falando sobre novos modelos de pagamento e melhor uso dos dados. O objetivo é ter eficiência nos gastos e qualidade na prestação de serviço.
"Não há soluções para resolver o balanço do segundo trimestre, mas propostas de implementação rápida em temas como desperdício, compras de medicamento, equipamentos e até fraudes. Precisamos pensar na interoperabilidade de informações no setor. Num país que tem urna eletrônica, não é mais admissível não haver um histórico médico digital", comentou Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
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