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Surto em SP!

Mulher morre por meningite em SP e preocupa paulistanos; saiba mais sobre a doença

A situação já foi classificada como surto na cidade

Mulher morre por meningite em SP e preocupa paulistanos; saiba mais sobre a doença - Imagem: reprodução Freepik
Mulher morre por meningite em SP e preocupa paulistanos; saiba mais sobre a doença - Imagem: reprodução Freepik

Vitória Tedeschi Publicado em 28/09/2022, às 14h33


Na última terça-feira (27), a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou a morte de uma mulher, de 42 anos, por meningite. A vítima era moradora da região que abrange a Vila Formosa e o Aricanduva, dois bairros da zona leste da capital, onde há um surto da doença.

Isso porque o bairro da Vila Formosa, juntamente com Aricanduva, na mesma região, já teve cinco casos confirmados de meningite nos últimos dois meses, o que configura uma situação de surto, segundo a classificação da própria Secretaria Municipal de Saúde.

Ela foi diagnosticada com a meningite meningocócica do tipo C, o mesmo tipo de outros quatro casos registrados no período de 16 de julho a 15 de setembro na região —em um bebê de 2 meses e em adultos de 20, 21 e 61 anos.

Devido ao cenário, os moradores de ambas regiões estão sendo convocados a irem aos postos de saúde para se vacinarem contra a doença.

Além do moradores da região, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou, via assessoria de imprensa, que também recomenda a vacinação para todos os moradores de São Paulo nos postos públicos espalhados pela cidade. Contudo, informa que não há motivo para alarmismo e que a vacinação está sendo recomendada por precaução.

"Cabe esclarecer que em toda a cidade o número de casos diminuiu neste ano na comparação com 2019, ano anterior à pandemia de covid-19. De janeiro até ontem (26/09) foram notificados 56 casos de doença meningocócica em toda a capital. Durante o mesmo período de 2019 (janeiro a setembro) foram registrados 158 casos da doença, ou seja, uma redução de 64,5% no âmbito geral", diz a nota.

O que é meningite?

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, a meningite é uma inflamação das meninges, que são as três membranas que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. É causada, principalmente, por bactérias ou vírus; mais raramente, pode ser provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças menores de 5 anos são mais atingidas.

Como a meningite é transmitida?

Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre transmissão através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.

Quais são os sintomas?

As meningites provocadas por vírus costumam ser mais leves e os sintomas se parecem com os das gripes e resfriados. A doença ocorre, principalmente, entre as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, falta de apetite, irritação.

Meningites bacterianas são mais graves e em pouco tempo os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de infecção generalizada aumenta muito.

Como se proteger?

As vacinas estão disponíveis e são a melhor alterando para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. O Programa Nacional de Imunização disponibiliza as seguintes vacinas no Calendário de Vacinação da Criança:

– Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
– Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
– Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

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