Um estudo também indica como prevenir o distúrbio visual
Mateus Omena Publicado em 02/12/2022, às 14h34
Um estudo lançado recentemente estima que, em 2050, metade da população mundial terá miopia, distúrbio visual cuja principal característica é a dificuldade de ver de longe.
No caso do Brasil, o número de prescrições de óculos dos oftalmologistas triplicou para crianças de 6 a 8 anos, em comparação com os últimos cinco anos.
O cenário é apontado pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO, na sigla em inglês), que projeta que, nos próximos 30 anos, vamos viver uma epidemia de miopia.
Segundo a pesquisa, um dos principais motivos para o aumento do distúrbio é o uso excessivo de telas digitais, como tablets, celulares, videogames e televisão por crianças e adolescentes. As principais vítimas têm sido os jovens.
Estima-se que 20% dos jovens em idade escolar hoje são diagnosticados com doenças visuais. Fazem parte deste grupo as chamadas condições de erro de refração, ou seja, quando o olho não permite uma refração apropriada da luz e a imagem que o paciente enxerga é turva, embaçada ou opaca. São elas: miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia (ou vista cansada).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a miopia como um dos problemas de saúde pública que mais crescem no mundo. Até os cinco anos, por exemplo, o número de crianças que sofrem de miopia é de cerca de 1%. Aos 10 anos, a porcentagem sobe para 8% e aos 15, já chega aos 15%.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), orienta os pais a estimularem os filhos a olhar mais para o horizonte. Isso pode ser feito de forma lúdica, por meio de brincadeiras ao ar livre, onde tenham que visualizar objetos distantes.
A exposição de telas deve ser evitada para crianças menores de 2 anos. Até os 5 anos, deve-se limitar o tempo ao máximo de uma hora por dia e sempre com a supervisão de pais e responsáveis. Para crianças com idade entre 6 e 10 anos, o tempo limite deve ser de duas horas por dia e adolescentes até três horas.
Diversos especialistas apontam também que, quanto mais cedo a miopia for diagnosticada, maiores serão as chances da criança ter uma visão saudável. No entanto, após os 13 anos de idade, quando a visão está desenvolvida, o cenário muda completamente. Se uma criança começar o tratamento contra a doença nesta fase, dificilmente terá uma boa visão no futuro.
O tratamento mais recomendado para crianças continua sendo a prescrição dos óculos com a lente específica para cada grau de condição, uma vez que, com exceção de casos raros e de extrema gravidade, os oftalmologistas não costumam operar crianças, e não é indicado para certas faixas etárias o uso de lentes de contato, por ser um objeto que precisa de técnica para manusear, higienização frequente e que pode machucar os olhos da criança se for feito de forma errada.
Em situações específicas, o oftalmologista pode optar por prescrever um colírio de atropina a 0,01%, estudos mostram que a atropina pode reduzir em até 50% a progressão da miopia, apesar de ter alguns efeitos colaterais como a perda da visão de detalhes por causa da dilatação da pupila, aversão à luz e ardência nos olhos. Por isso o ideal é instilar o medicamento antes de ir dormir.
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