Dormir mais aos finais de semana pode proteger o coração

Uma nova pesquisa aponta que dormir mais durante os finais de semana pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas. O estudo, conduzido por uma equipe de pesquisadores e que será apresentado no Congresso Anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC Congress 2024) em Londres, sugere que compensar o sono perdido durante a semana, dormindo por mais tempo nos dias de folga, pode diminuir o risco de problemas cardíacos em até 20%.

A privação de sono, caracterizada por dormir menos de sete horas por noite, é um problema comum em meio à agitada rotina diária. No entanto, o estudo recente analisou dados de mais de 90 mil indivíduos do projeto UK Biobank, que monitora a saúde de uma ampla base populacional no Reino Unido, para entender como o sono compensado nos fins de semana pode afetar a saúde do coração. Os dados foram coletados utilizando acelerômetros, dispositivos que monitoram movimentos e registram atividades físicas e batimentos cardíacos.

Os participantes do estudo foram divididos em quatro grupos, de acordo com a quantidade de sono recuperado durante o fim de semana, variando desde aqueles com sono menos compensado até aqueles que conseguiram recuperar o máximo de sono perdido. O grupo com maior recuperação de sono durante os finais de semana apresentou uma redução de 19% no risco de desenvolver doenças cardíacas, em comparação com o grupo que menos compensou o sono.

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Os resultados também mostraram que, entre os participantes que sofriam de privação de sono crônica durante a semana, aqueles que conseguiam compensar com mais horas de sono nos fins de semana tiveram uma redução de 20% no risco de doenças cardíacas. As doenças estudadas incluíam condições sérias como doença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e acidente vascular cerebral.

Os pesquisadores ressaltam que, embora não seja possível reverter completamente os danos causados pela privação de sono, aumentar as horas de descanso nos fins de semana pode oferecer uma forma prática de reduzir os riscos para o coração.