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Cinemas começam campanha sobre riscos e prevenção do glaucoma

No mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual devido ao glaucoma

Riscos e prevenção do glaucoma - Imagem: Divulgação / Instituto de olhos de Florianópolis
Riscos e prevenção do glaucoma - Imagem: Divulgação / Instituto de olhos de Florianópolis

Marina Roveda Publicado em 04/12/2023, às 07h40


Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem assistir a filmes nos cinemas de 125 cidades do Brasil verá um curta de 29 segundos alertando sobre os riscos do glaucoma, a principal causa de cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) busca destacar a importância de exames preventivos com oftalmologistas.

O curta tem o objetivo de mostrar o que pode ser perdido ao deixar a doença avançar, enfatizando que a perda de visão causada pelo glaucoma é irreversível. A SBG visa informar as pessoas sobre a existência da doença e incentivar a procura por oftalmologistas para iniciar o tratamento o mais cedo possível.

Embora seja a principal causa de cegueira, o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Uma pesquisa realizada por oftalmologistas associados à SBG revelou que 90% dos 1.636 participantes desconheciam que apresentavam sinais de risco da doença. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas vivam com glaucoma no Brasil.

A doença não tem cura, mas o diagnóstico precoce pode conter seu avanço. A consulta anual ao oftalmologista é crucial para identificar sinais de risco. O glaucoma afeta a visão periférica, e os sintomas podem passar despercebidos até que uma porção significativa do nervo ótico esteja danificada.

O presidente da SBG, Roberto Galvão Filho, destaca que, no Brasil, muitos casos de glaucoma são descobertos tardiamente devido à falta de consultas regulares ao oftalmologista. O tratamento do glaucoma avançado é quatro vezes mais caro do que o do estágio inicial, e os defeitos visuais são irreversíveis.

A SBG enfatiza que o glaucoma não tem sintomas evidentes, mas sinais que podem ser identificados por oftalmologistas durante exames regulares. O tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes de todo o Brasil.

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