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Ciência

Cientistas fazem descoberta revolucionária sobre o cérebro humano

A novidade foi compartilhada por pesquisadores dos Estados Unidos e da Dinamarca

Cientistas fazem descoberta revolucionária sobre o cérebro humano que pode ajudar muito - Imagem: Freepik
Cientistas fazem descoberta revolucionária sobre o cérebro humano que pode ajudar muito - Imagem: Freepik

Jessica Anjos Publicado em 21/01/2023, às 23h24


O cérebro sempre foi uma máquina no corpo humano muito difícil de ser decifrada. Graças ao avanço da tecnologia com neuroimagem e biologia molecular, pesquisadores dos Estados Unidos e da Dinamarca descobriram uma nova estrutura cerebral. 

A nova área do cérebro foi denomidada de SLYM, sigla em inglês para Subarachnoid Membrane Lymph Type (em tradução livre, Membrana Subaracnoide do Tipo Linfático).

A estrutura foi descrita como um componente desconhecido que funciona como uma barreira de proteção e uma região para monitorar infecções e inflamações.

A novidade foi publicada no jornal especializado Science e foi descoberta pelo Centro de Neuromedicina Translacional da Universidade de Rochester (EUA) e da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

Estrutura

Nosso cérebro é composto por três membranas, chamadas pelos médicos de meninges: a pia-máter, a aracnóide e dura-máter. Esses três tecidos são importantes porque formam uma barreira entre o sistema nervoso central e o resto do corpo. 

A nova estrutura seria como uma quarta membrana localizada dentro do espaço subaracnoideo, uma abertura do cérebro que é preenchida com líquido cefalorraquidiano. Esse fluído corre ao redor do cérebro e ajuda a amortecê-lo, além de servir como fonte de nutrientes.

Além de revestir o órgão, essa nova estrutura ajuda a controlar o fluxo de líquido cefalorraquidiano para dentro e para fora do cérebro.

"Nossa hipótese é que a SLYM atue como uma barreira entre o líquido cefalorraquidiano 'limpo', que entra no cérebro, e o 'sujo', que sai do órgão, arrastando resíduos de proteínas com ele", comenta Virginia Plá Requena, neurocientista do Centro de Neuromedicina Translacional da Universidade de Copenhague e uma das autoras do estudo.

De acordo com a especialista, caso essa membrana seja deteriorada seria mais difícil ocorrer a limpeza do cérebro "o que, por sua vez, afetaria a função neuronal". 

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