Com obras iniciadas em janeiro deste ano, os dois piscinões em Franco da Rocha, cidade mais afetada pelas fortes chuvas no estado de São Paulo, que ficaram
Redação Publicado em 03/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h08
Com obras iniciadas em janeiro deste ano, os dois piscinões em Franco da Rocha, cidade mais afetada pelas fortes chuvas no estado de São Paulo, que ficaram sem a verba do governo Jair Bolsonaro (PL) solicitada em 2020 pelo governo estadual, só devem ficar prontos em janeiro de 2024.
Ou seja, na próxima temporada de chuvas mais intensas, entre dezembro de 2022 e março de 2023, quando a Defesa Civil estadual mobiliza ações no âmbito da chamada Operação Chuvas de Verão, Franco da Rocha ainda não contará com a ajuda desses reservatórios para atenuar as cheias na cidade, fenômeno frequente sempre que chove de forma mais intensa naquela região.
Treze pessoas morreram após o temporal do último fim de semana em Franco da Rocha e cinco seguem desaparecidas.
A GloboNews revelou nesta terça-feira (1) que o governo federal negou, em 2020, o repasse de recursos para a construção de uma série de obras de drenagem na região metropolitana da capital, incluindo os dois piscinões de Franco da Rocha.
O não repasse da verba por parte do governo federal gerou um embate nesta quarta-feira (2) entre o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o governador João Doria (PSDB).
Em entrevista à GloboNews, Marinho disse: “Eu primeiro quero lamentar este tipo de embate político. Nós orientamos em 2020 a forma de obter recursos – ou seja: trabalhando junto ao parlamento federal por ocasião da elaboração do Orçamento, já que são obras de contenção e não emergenciais. E também observando a necessidade de fosse o caso de se habilitarem recursos com orçamento do Fundo de Garantia que são disponibilizados não só pra SP, pra todo o Brasil”.
Horas depois, durante coletiva, o governador Doria rebateu o ministro Marinho.
“Eu não quero politizar esse tema, mas o ministro, mais uma vez, faltou com a verdade. Agora, mais uma vez, o ministro visita São Paulo ao lado do presidente, anda de helicóptero, passeia de helicóptero, pousa, faz coletiva e anunciou o quê? Nada. Absolutamente nada. Só a promessa. Vem aqui, passeia de helicóptero, pousa, faz uma coletiva e não anuncia nada? Que tipo de postura é essa? Que tipo de governo é esse? Eu não quero politizar essa questão, mas isso é uma vergonha. Temos no Brasil um governo que, diante de tragédias, se omite e, quando vai, não anuncia nada, absolutamente nada”, afirmou o governador.
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G1
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