Qual foi o equipamento que a PF esqueceu de apreender na casa de Carlos Bolsonaro?

Durante a Operação Vigilância Aproximada, realizada na semana passada, equipes da Polícia Federal encontraram uma caneta espiã na casa de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação investiga um suposto esquema na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

A caneta espiã possui uma câmera secreta que filma, grava e tira fotos. Aliados de Carlos Bolsonaro teriam afirmado que o equipamento foi adquirido há dez anos e nunca foi usado por ele. Além da caneta, o celular do vereador também foi apreendido durante a operação.

Durante a ação, os agentes da PF esqueceram um equipamento em outro endereço ligado ao parlamentar, descrito por Carlos como "uma espécie de pen drive que aparenta ser de origem russa."

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A Operação Vigilância Aproximada teve início em 25 de janeiro e investiga o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A suspeita é de que a Abin teria monitorado ilegalmente autoridades, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras personalidades, utilizando ferramentas de geolocalização sem autorização judicial.

Carlos Bolsonaro é investigado por suspeita de ter recebido materiais obtidos ilegalmente pela Abin. Durante a operação, também foram alvos assessores, incluindo Luciana Paula Garcia da Silva Almeida e Priscila Pereira e Silva, assessores de Carlos e Ramagem, respectivamente. O ex-presidente Jair Bolsonaro negou a criação de uma "Abin paralela" e defendeu Alexandre Ramagem durante uma declaração ao lado de seus filhos.

A investigação aponta que a Abin teria produzido informações falsas, incluindo notícias ligando autoridades a organizações criminosas, com o objetivo de criar narrativas enganosas.