Lauremília Lucena, a primeira-dama de João Pessoa, foi presa na manhã da último sábado (28)
Manoela Cardozo Publicado em 29/09/2024, às 10h48
Na manhã da último sábado (28), a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa pela Polícia Federal em uma operação que investiga crimes de aliciamento violento de eleitores e envolvimento em uma organização criminosa durante o período eleitoral.
Conforme informações do G1, Lauremília é esposa do atual prefeito da capital paraibana, Cícero Lucena, que busca a reeleição nas próximas eleições municipais.
Apesar de sua prisão, o prefeito Cícero Lucena não foi mencionado nas investigações, que seguem concentradas na primeira-dama e em sua secretária, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque. A ordem de prisão foi determinada pela juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, que apontou o envolvimento ativo de Lauremília e Tereza Cristina em um esquema que teria ligações com uma facção criminosa local.
O objetivo do esquema seria influenciar as eleições municipais de 2024, garantindo controle territorial e apoio político através de acordos ilegais. Segundo a decisão, as duas são acusadas de intermediar a nomeação de pessoas associadas ao grupo criminoso em cargos comissionados na gestão municipal, em troca de suporte político durante o processo eleitoral.
A prisão de Lauremília faz parte da 3ª fase da Operação Território Livre, conduzida pela Polícia Federal com o apoio do GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). Em uma fase anterior da operação, a vereadora Raíssa Lacerda, de João Pessoa, também foi presa por envolvimento em esquemas semelhantes. Nesta nova fase, além da prisão de Lauremília e Tereza Cristina, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
Após a audiência de custódia, ficou decidido que ambas permanecerão presas no Presídio Júlia Maranhão, enquanto a defesa jurídica de Lauremília já anunciou que tomará medidas para buscar sua libertação. Os advogados da primeira-dama consideraram a prisão abusiva e ilegal, destacando que ela nunca havia sido convocada para prestar esclarecimentos.
A defesa também argumenta que a decisão viola a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a proteção de pessoas com prerrogativa de foro, como o prefeito Cícero Lucena. Em resposta, Cícero Lucena publicou uma nota em suas redes sociais afirmando que considera a operação uma tentativa de ataque político orquestrado por seus adversários às vésperas das eleições.
"Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi", afirmou o prefeito.
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