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MTST poderá ser investigado por intolerância religiosa

Movimento alegou que houve uma má interpretação da publicação e citou passagens bíblicas para justificar a imagem

Boulos, MTST - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
Boulos, MTST - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

por Marina Milani

Publicado em 02/04/2024, às 08h41


O deputado estadual Danilo Balas (PL-SP) encaminhou um pedido ao Ministério Público de São Paulo para investigar o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) por suposta intolerância religiosa. A solicitação surge após uma publicação controversa feita pelo MTST nas redes sociais durante a Sexta-feira Santa, na qual Jesus Cristo é retratado crucificado enquanto um soldado romano declara: “bandido bom é bandido morto”.

A postagem gerou críticas e indignação, levantando debates sobre os limites da liberdade de expressão e o respeito às crenças religiosas. O MTST argumentou que a interpretação da publicação foi equivocada e citou passagens bíblicas para justificar a imagem. No entanto, o deputado Danilo Balas alega que a postagem tinha o intuito de chocar os cristãos e zombar de sua fé, configurando assim um ato de incitação ao preconceito religioso.

Tal atribuição, aos cristãos em geral, da defesa de práticas violadoras de direitos humanos, como a tortura e a execução sumária, configura, em tese, incitação ao preconceito contra cristãos”, diz um trecho do documento.

O documento enviado pelo deputado destaca que atribuir aos cristãos a defesa de práticas violadoras de direitos humanos, como a tortura e a execução sumária, pode incitar o preconceito contra essa comunidade religiosa. Agora, cabe ao Ministério Público analisar se há elementos suficientes para iniciar uma investigação sobre o caso.

A polêmica em torno da publicação ressalta a sensibilidade do tema da religião e a importância de promover o respeito mútuo entre diferentes crenças e convicções. A liberdade de expressão é um direito fundamental, mas deve ser exercida de forma responsável, evitando ofensas e discriminações.

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