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Justiça prorroga afastamento do prefeito de Suzanápolis para investigação de desvio de verba

A Justiça prorrogou o afastamento de Antônio Alcino Vidotti (PSDB), prefeito de Suzanápolis (SP), pela segunda vez neste ano. Enquanto o Ministério Público

Justiça prorroga afastamento do prefeito de Suzanápolis para investigação de desvio de verba
Justiça prorroga afastamento do prefeito de Suzanápolis para investigação de desvio de verba

Redação Publicado em 27/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h41


A Justiça prorrogou o afastamento de Antônio Alcino Vidotti (PSDB), prefeito de Suzanápolis (SP), pela segunda vez neste ano. Enquanto o Ministério Público investiga acusação de desvio de dinheiro a partir de licitações fraudulentas, quem comanda a cidade por mais 90 dias é o então vice-prefeito Valter Crusca (PMDB).

O prefeito Antônio Vidotti entrou com um recurso no Tribunal de Justiça para retornar ao cargo. O recurso foi negado e o TJ ainda decidiu por não dar prazo final ao afastamento. A TV TEM procurou o prefeito, mas ele não quis comentar o assunto.

A prorrogação do período ocorreu porque os seis primeiros meses do primeiro afastamento não teriam sido suficientes para o MP concluir as investigações das denúncias. Segundo o Ministério Público, o vice-prefeito, Valter Crusca, também não colaborou com as investigações, mas ele nega.

“Quando a gente recebia, eu procurava entregar os documentos no meu setor no jurídico para que ele tomasse as providências. Só que mediante a situação de uma ação que temos do MP, que não podia contratar pessoal quando assumimos. O advogado que temos faz meio período e ele não conseguia dar andamento nas ações”, afirma o vice-prefeito.

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Segundo as investigações, entre 2009 e 2012, quando Antônio Alcino Vidotti era prefeito de Suzanápolis, os processos fraudados teriam causado prejuízo de R$ 900 mil aos cofres públicos. O prefeito também teria tentado forçar provas falsas de que as licitações teriam sido realizadas normalmente.

“Quando acabou a eleição de 2012 e ele se viu derrotado, ao menos 18 procedimentos foram fabricados e não ocorreram ao longo do ano. E como ele precisava dar aparência de legalidade aos atos e contratações, compras e prestações de serviços, ele e alguns de seus funcionários passaram a fabricar e forjar as licitações como se elas estivessem de fato acontecido, mas não ocorreram”, explica o promotor de Justiça Robson Alves Ribeiro.

Os processos estão em andamento no fórum de Pereira Barreto (SP). Ao todo, o prefeito afastado responde por 19 ações cíveis. Quando foi eleito, em 2016, a promotoria solicitou a prisão preventiva de Antônio Alcino Vidotti por suspeita de falsidade ideológica e associação criminosa. O pedido de prisão preventiva ainda está sendo julgado pelo Tribunal de Justiça.

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