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DENÚNCIA

Governo demite assessor de Silvio Almeida em meio a novas acusações de assédio

Claudio Augusto Vieira da Silva era o secretário nacional de Defesa da Criança e do Adolescente

Governo demite assessor de Silvio Almeida em meio a novas acusações de assédio - Imagem: Reprodução / Agência Brasil / Valter Campanato
Governo demite assessor de Silvio Almeida em meio a novas acusações de assédio - Imagem: Reprodução / Agência Brasil / Valter Campanato

William Oliveira Publicado em 19/09/2024, às 09h00


Na manhã desta quinta-feira (19), o Diário Oficial da União (DOU) publicou a exoneração de Claudio Augusto Vieira da Silva do cargo de secretário nacional de Defesa da Criança e do Adolescente do Ministério, denunciado por assédio sexual.

A exoneração ocorre menos de duas semanas após a demissão do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após algumas denúncias de assédio sexual realizadas contra Almeida pela organização Me Too Brasil. Uma das vítimas do suposto assédio teria sido a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

As denúncias contra Augusto teriam chegado até a ministra Esther Dweck, que assumiu a pasta dos Direitos Humanos após a saída de Almeida. Segundo os servidores da pasta, eles teriam denunciado “práticas de extrema gravidade que vêm ocorrendo de maneira sistematizada” na secretaria então comandada por ele.

“O guia elaborado pela CGU apresenta 34 exemplos de condutas de assédio moral, das quais 14 práticas podem ser atribuídas, de maneira sistematizadas, ao comportamento do Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudio Augusto Vieira da Silva, contra diversas pessoas que trabalham na SNDCA”, afirma a denúncia enviada a Dweck.

Relembre o caso

No último dia 5 de setembro, diversas acusações de assédio sexual contra o então ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, vieram à tona. No dia 6 de setembro, Almeida foi demitido do cargo após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

O ministro foi denunciado após algumas vítimas relatarem casos de assédio à organização Me Too Brasil. Dentre as denúncias, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também teria sido uma das vítimas de Almeida.

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