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Conselheiro não sabia sobre licitação da Área Azul

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades na Empresa Municipal de Urbanismo ouviu nesta quinta-feira (09) o

Conselheiro não sabia sobre licitação da Área Azul
Conselheiro não sabia sobre licitação da Área Azul

Redação Publicado em 13/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h06


Um dos conselheiros da Emurb não soube nem a modalidade da licitação para digitalização da Área Azul; soube do escândalo pela imprensa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades na Empresa Municipal de Urbanismo ouviu nesta quinta-feira (09) o depoimento de três pessoas. Membros da comissão estão investigando para descobrir como funcionam os conselhos.

O presidente do Conselho de Administração da Emurb, o médico José Paulo Rodrigues, respondeu às perguntas dos vereadores Marco Rillo (PT) e Celso Peixão (PSB) sobre supostos desfalques no caixa da empresa e a utilização do aporte que seria destinado ao desenvolvimento da Área Azul digital para cobrir outros gastos.

Segundo Rodrigues, observando a possibilidade de aumentar a arrecadação da Emurb com o sistema digital, o Conselho de Administração foi favorável à abertura da licitação, mas não teve acesso a informações como a modalidade de concorrência e o investimento necessário.

O presidente enfatizou, ainda, que o Conselho tem papel consultivo e não deliberativo e que soube, por meio da imprensa, sobre a suposta utilização do aporte para outros fins. Reforçou, ainda, que após o “escândalo”, o valor que seria destinado à Área Azul Digital foi separado do caixa único da Emurb.

Pela manhã, foram outros dois depoimentos. Do ex-gerente de operações Jorio Basso Filho e do ex-responsável pela segurança do terminal rodoviário Claudenir Gonçalves da Silva. Basso Filho falou sobre denúncias dos casos de falsificação e venda paralela de talões de Área Azul.

Ele confirmou que, quando foi contratado, em 2013, recebeu “muitas denúncias” de que havia a prática irregular na Emurb, mas que nunca conseguiu comprovar as informações. Afirmou que chegou a encaminhar para a Polícia Civil algumas denúncias recebidas e até resultado de sindicâncias, mas “nada de concreto se apurou”. Basso Filho falou também da criação de um departamento para controle dos talões de Área Azul destinados aos pontos de venda no comércio e sobre aumento no rigor da segurança dos bilhetes, como colocação de faixa holográfica.

Já o ex-responsável pela segurança foi chamado pelos membros da CEI para depor sobre denúncia específica feita por outro denunciante, de que ele teria tentado repassar duas caixas com folhas de Área Azul supostamente falsificadas. Ele negou a acusação. “Isso é inconcebível. Eu era da segurança. Ficava no terminal urbano, não tinha contato com esse setor.”

A CEI da Emurb é composta pelos vereadores Marco Rillo (PT), Gerson Furquim (PP) e Celso Peixão (PSB). Desde que foi instalada, a comissão já ouviu cerca de 40 depoimentos. Rillo diz que aguarda a chegada de documentos solicitados à Emurb, como planilhas de arrecadação da Área Azul, para começar a elaborar o relatório final.

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