Diário de São Paulo
Siga-nos

Bolsonaro se manifesta sobre o caso Marielle Franco e defende Dilma Rousseff

É a primeira vez, após a delação de Ronnie Lessa, que o ex-presidente se manifesta sobre o assunto

Jair Bolsonaro. - Imagem: Reprodução | X (Twitter)
Jair Bolsonaro. - Imagem: Reprodução | X (Twitter)

Marina Milani Publicado em 29/01/2024, às 06h56


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou alívio diante da provável colaboração premiada de Ronnie Lessa à Polícia Federal, que aponta Domingos Brazão como um dos mandantes no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, segundo informações do The Intercept Brasil.

"Para mim, é um alívio. Bota um ponto final nessa história", declarou Bolsonaro ao Metrópoles. Em 2019, tentaram vinculá-lo ao caso, acusando-o de ser o mandante do crime. O ex-presidente relembrou: "Teve o tal do porteiro tentando vincular a mim [Lessa e Bolsonaro moravam no mesmo condomínio, na Barra da Tijuca, no Rio]. Eu estava na Arábia na ocasião e fui massacrado."

O nome de Bolsonaro foi associado ao caso em 2019, após reportagem do Jornal Nacional antecipar depoimento de um porteiro do Vivendas da Barra, onde reside a família Bolsonaro. Ronnie Lessa também morava no mesmo condomínio.

Segundo o porteiro, Élcio Queiroz, motorista do carro que perseguiu a vereadora, esteve no Vivendas da Barra horas antes do crime e disse que iria à casa 58. Identificando a voz como a do "Seu Jair", o porteiro percebeu, pelas câmeras de segurança, que o carro foi à casa 66, onde morava Ronnie Lessa. Meses depois, o Ministério Público concluiu que Lessa liberou a entrada de Queiroz na data do ocorrido.

Diante da nova delação de Lessa, bolsonaristas coordenam esforços para associar Domingos Brazão ao Partido dos Trabalhadores, baseando-se em uma foto de Brazão em 2014 com adesivo de campanha de Dilma Rousseff, ao lado de Eduardo Cunha. Em resposta, parlamentares progressistas destacaram vídeos mostrando Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, ao lado de Flávio Bolsonaro em trio elétrico durante a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro em 2022.

Bolsonaro comentou a disputa política: "Não é porque Domingos Brazão apoiou a Dilma, ou porque o irmão dele me apoiou, que qualquer um de nós tem algo a ver com o caso."

Compartilhe  

últimas notícias