O presidente tem se mantido recluso e afastado de aliados desde a derrotas nas urnas
Mateus Omena Publicado em 21/12/2022, às 11h01
Desde a derrota nas urnas para Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido recluso e se apegado aos seus principais aliados ao longo do governo, entre eles o pastor Silas Malafaia.
De acordo com o portal Metrópoles, no início de novembro, logo após o 2º turno das eleições, o político ligou para o religioso para pedir conselhos sobre como lidar com a situação.
O presidente teria questionado Malafaiasobre qual medida tomar diante das manifestações golpistas por todo o Brasil. Diversos eleitores de Bolsonaro que não se conforma com o resultado das urnas - favorável a Lula - fizeram protestos, paralisações em estradas e em quartéis pedindo por intervenção militar contra a posse do petista.
O pastor teria aconselhado Bolsonaro a pedir a liberação das rodovias, no entanto, deixando claro que o direito aos protestos era legítimo. O religioso teria recomendado ao político mostrar-se empático e próximo dos eleitores.
Em 2 de novembro, o presidente decidiu adotar um comportamento condizente com o conselho de Malafaia em sua primeira aparição nas redes sociais, após a derrota na eleição.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro pediu que seus apoiadores desobstruíssem as rodovias e declarou que essa iniciativa "não faz parte das manifestações legítimas". O político aconselhou seus apoiadores a "protestar de outra forma".
Depois desse episódio, Bolsonaro continuou recluso no Palácio da Alvorada, e em poucas vezes entrava em contato com seus apoiadores ou recebia visitas de aliados.
Pessoas próximas ao presidente afirmaram que Silas Malafaia até tentou conversar com o presidente em diversos momentos, mas os pedidos foram negados.
Um grupo de aliados afirmou recentemente que o afastamento de Bolsonaro seria resultado de uma erisipela, infecção bacteriana que pode atingir a gordura do tecido celular.
O filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou uma foto que seria da perna do pai, com uma profunda ferida.
Por outro lado, outras pessoas próximas de Bolsonaro sinalizaram que a situação do presidente é mais preocupante em relação ao seu estado psicológico desde a derrota nas urnas.
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