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Bolsonaro declara ser “o ex mais amado do Brasil” em congresso conservador nos EUA

O político participou do Conservative Political Action Conference, em Washington

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto (DF) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 04/03/2023, às 20h24


O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) declarou, neste sábado (4/3), em um evento conservador em Washington (EUA), que é “o ex mais amado do Brasil”.

No discurso, Bolsonaro afirmou apenas “ex”, mas o intérprete que fazia a tradução simultânea traduziu como “former president” (“ex-presidente”, em tradução livre).

Por cerca de 20 minutos, o político disse no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento promovido por conservadores norte-americanos. A principal atração da conferência é o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que discursa às 18h (no horário de Brasília). Bolsonaro disse ter tido relacionamento “simplesmente excepcional” com o ex-líder estadunidense. Em sua fala, o político brasileiro focou em suas duas campanhas à Presidência da República do Brasil.

“Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso. Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era o alvo difícil de ser abatido e um esquerdista, filiado a um partido de esquerda, PSol, deu uma facada em mim em setembro de 2018”, começou Bolsonaro, relembrando o atentado sofrido na campanha de 2018. “Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”.

O ex-presidente ressaltou também que sente que a “missão” na Presidência da República ainda não terminou e levantou dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro de 2022.

“Nesse momento, agradeço a Deus pela minha segunda vida. E também a Ele pela missão de ser presidente da República por um mandato. Mas eu sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou”.

Quando falou sobre a eleição em que saiu derrotado por Lula (PT), Bolsonaro disse ter tido “muito mais apoio” em 2022 do que em 2018. “Não sei por que os números mostraram o contrário”, completou.

Ele ainda ressaltou ter sido o último presidente a reconhecer a vitória de Joe Biden sobre Trump em 2020: “Eu fui o último presidente a reconhecer as eleições de há dois anos aqui nos Estados Unidos”.

Na apresentação, Bolsonaro apresentou também marcas de sua gestão, associadas também aos republicanos dos EUA, como a ampliação do porte e da posse de armas de fogo. Ele ainda se colocou contrário ao que chamou de “sanha para regulamentar as mídias sociais”.

O ex-presidente está nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, antes mesmo de terminar seu mandato à frente do Palácio do Planalto. A Presidência autorizou, no fim de fevereiro, a permanência de dois seguranças que seguirão acompanhando o ex-presidente no país até 15 de março. Nesse caso, pelo menos até essa data, Bolsonaro pretende ficar em terras norte-americanas.

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