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Após tensão com Israel, Lula chama de volta embaixador de Tel Aviv

Decisão é resposta à declaração de persona non grata contra o presidente

Crise com Israel: Lula chama de volta embaixador de Tel Aviv - Imagem: Reprodução/ Instagram @lulaoficial
Crise com Israel: Lula chama de volta embaixador de Tel Aviv - Imagem: Reprodução/ Instagram @lulaoficial

Gabrielly Bento Publicado em 19/02/2024, às 19h54


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou de volta para consultas o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, nesta segunda-feira (19). A decisão é uma resposta à crise diplomática com Israel, que se intensificou após as declarações de Lula comparando a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza ao Holocausto.

“É importante lembrar que em 2010 o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o atual presidente.

Israel convocou o Frederico Meyer para uma "reprimenda formal" no Museu do Holocausto em Jerusalém. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, também declarou Lula persona non grata em Israel, o que significa que o presidente não seria bem-vindo no país.

“Não perdoaremos e não esqueceremos. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata‘ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, reforçou Katz.

De acordo com a CNN Brasil, é esperado que o pronunciamento referente à situação seja feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ainda no decorrer desta segunda-feira (19). O Itamaraty está ponderando sobre a abordagem mais apropriada para resolver o impasse, evitando a necessidade de retroceder na questão.

Ainda conforme informações da CNN, Lula manifestou sua clara intenção de manter a postura contrária às atividades do governo israelense, entretanto também almeja enfatizar que a crítica não abrange a totalidade do povo judeu.

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