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Prisão de Putin

Após críticas, Lula muda o tom e diz que "Justiça é quem decide" sobre prisão de Putin no país

Lula espera a presença de Putin e Xi Jinping na cúpula de 2024

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil

Marina Roveda Publicado em 11/09/2023, às 08h59


Após inicialmente declarar que Vladimir Putin não seria preso no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou e afirmou que a decisão sobre a prisão do líder russo dependeria da Justiça. Durante uma coletiva de imprensa em Nova Délhi, na Índia, Lula disse: "Quem toma a decisão de prendê-lo é a Justiça. Não é nem o governo, nem o Congresso Nacional."

Lula havia feito a afirmação inicial durante uma entrevista a uma emissora indiana, onde disse que convidaria Putin para a cúpula do G20 em 2024 no Brasil e que, sendo ele o presidente russo, não havia motivo para sua prisão no país. Apesar do recuo, Lula continuou questionando a legitimidade do Tribunal Penal Internacional, que condenou Vladimir Putin à prisão por crimes de guerra no conflito com a Ucrânia. Ele questionou por que os Estados Unidos, Índia, China e Rússia não são signatários do tribunal, enquanto o Brasil é.

Apesar de atribuir a decisão à Justiça brasileira, Lula expressou esperança de que tanto Putin quanto o presidente chinês, Xi Jinping, que também não participou da cúpula na Índia, estejam presentes na cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro de 2024, uma vez que o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo ao final da cúpula em Nova Délhi. Representantes da oposição criticaram as declarações de Lula.

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