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Crime

Prima de jovem morto em abordagem da PM dá depoimento que dói em qualquer um

O crime aconteceu na madrugada do último domingo (05)

A vítima, identificada como Diego Kaliniski, foi alvejada por pelo menos seis tiros do agente de segurança pública no abdômen - Imagem: reprodução/G1
A vítima, identificada como Diego Kaliniski, foi alvejada por pelo menos seis tiros do agente de segurança pública no abdômen - Imagem: reprodução/G1

Thais Bueno Publicado em 07/02/2023, às 17h21


Um jovem de 26 anos foi atingido e morto a tiros por um policial militar durante uma abordagem na madrugada do último domingo (05) em Vera, a 486 quilômetros de Cuiabá, capital do Mato Grosso (MT).

A vítima, identificada como Diego Kaliniski, foi alvejada por pelo menos seis tiros do agente de segurança pública no abdômen e faleceu ainda no local.

Segundo a Polícia Militar do Mato Grosso, os policiais foram acionados para atenderem um chamado de perturbação do sossego. Ao chegarem no local, os agentes avistaram um grupo de jovens em volta de um carro que estava com o aparelho de som ligado com o volume alto.

Os policias afirmaram que pediram a documentação do veículo e Kaliniski se dispôs a mostrar pelo celular. No entanto, ao se aproximar dos policiais, o jovem teria tentado pegar o cassetete de um deles e chegou a xingar os oficiais, além de resistir a abordagem.

Diante da resistência, os policiais teriam dado voz de prisão a Kaliniski por desacato a autoridade. Por esse motivo, o jovem teria iniciado um confronto físico com os agentes de segurança. Ele consegue pegar o cassetete de um dos policiais e tenta agredi-lo.

Nesse momento, para contê-lo, o oficial efetua disparos contra o homem.

Triste depoimento

Depois do crime, a família do jovem está acusando a polícia de despreparo no assassinato de Diego. 

Jéssica Vasconcelos, prima da vítima, deu um depoimento para o G1 que dói em qualquer um. "A polícia tinha meios não letais para imobilizar. Eles escolheram assassinar meu primo". 

Embora os parentes reconheçam que o jovem realmente resistiu à prisão, eles alegam que o agente poderia ter usado meios não letais de conter o jovem, em vez de sair disparando imediatamente. "Ele foi executado a sangue frio", desabafou a prima.

O sepultamento de Diego aconteceu na última segunda-feira (6).

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