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Preso em SP, mentor de ‘pirâmide financeira’ aplicada em 500 vítimas é trazido ao Pará

Foi transferido para Belém, na madrugada deste sábado (21), o representante de uma empresa de investimentos, suspeita de aplicar golpes em mais de 500

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Redação Publicado em 22/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h45


Foi transferido para Belém, na madrugada deste sábado (21), o representante de uma empresa de investimentos, suspeita de aplicar golpes em mais de 500 clientes no Pará. Olavo Renato Martins Guimarães é apontado pela Polícia como chefe do esquema e foi preso na casa onde morava em Indaiatuba, cidade a 102 KM da capital paulista no último dia 12. O G1 tenta contato com a defesa do empresário, mas não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.

A transferência foi feita pela Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor), da Polícia Civil do Pará. A ação é desdobramento da 2ª fase da operação “Wolf”, deflagrada no início do mês. Segundo as investigações, Olavo seria mentor de grupo empresarial que executava esquema conhecido como “pirâmide financeira”, prometendo lucros elevados a investidores. O valor estimado dos prejuízos supera R$ 60 milhões.

Segundo a PC, agentes da Decor localizaram e apreenderam 150 quilos de gemas minerais rubi coríndon, avaliadas, inicialmente, em R$ 30 milhões. O material apreendido encontra-se acautelado provisoriamente em uma agência da Caixa Econômica Federal em São Paulo, e deve ser transportado nos próximos dias em aeronave para o Pará.

Na ação, também foram bloqueadas contas bancárias de investigados. Os bens apreendidos e os valores bloqueados devem ficar à disposição da Justiça, para serem destinados ao ressarcimento, total ou parcial, dos valores investidos pelas vítimas na empresa Wolf Invest.

Além das gemas minerais, os policiais também apreenderam aparelhos celulares, aparelhos eletrônicos e documentos, que já foram periciados, para fazer parte do inquérito. Olavo Guimarães vai responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A “Operação Wolf” teve apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil paulista.

Investigação

As investigações apontam que o representante legal da empresa Wolf, “seria o criador do esquema piramidal”, que funcionava com recrutamento de investidores, utilizando dos recursos financeiros dos clientes para remunerar membros das camadas anteriores da “pirâmide”.

Na época em que foi divulgado o caso, as vítimas prestaram depoimentos à Polícia e disseram que muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest oferecia garantia de investimento com rendimento de até 10% ao mês.

Mais de 30 pessoas chegaram a registrar boletim de ocorrência contra a empresa de investimento financeiro. De acordo com as vítimas, os rendimentos dos valores investidos foram repassados pela empresa até maio de 2019, quando os pagamentos foram interrompidos.

Uma das vítimas relatou ainda que o dono da empresa disse que os clientes que investissem acima de R$100 mil teriam uma escritura de imóvel no valor como garantia, chamada ‘garantia imobiliária’. As vítimas, no entanto, nunca receberam a escritura ou a quantia de volta.

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Fontes: G1 – Globo.

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