Diário de São Paulo
Siga-nos
Crime

Prefeito é acusado de realizar aborto em motel, sem consentimento da mãe

A vítima teria sido dopada para a realização do procedimento

Prefeito é acusado de realizar aborto em motel, sem consentimento da mãe - Imagem: reprodução TV Globo
Prefeito é acusado de realizar aborto em motel, sem consentimento da mãe - Imagem: reprodução TV Globo

Vitória Tedeschi Publicado em 08/05/2023, às 08h15


O médico Erivelton Teixeira Neves, atual prefeito de Carolina (MA), está sendo acusado na Justiça de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da vítima, com quem ele tinha um relacionamento.

As informações foram divulgadas em matéria exibida pelo Fantástico, no último domingo (07), o procedimento teria acontecido em um motel, sem condições de higiene e segurança, em 2017. Seis anos depois dos fatos, o prefeito agora é réu.

Na época, Erivelton Teixeira Neves, também conhecido como doutor Erivelton, ele estava em seu primeiro mandato. Como também é médico e atendia na região, ele costumava andar com um aparelho de ultrassom portátil.

De acordo com a investigação, o prefeito levou a vítima, Rafaela Maria Santos, para um motel com a desculpa de realizar um exame de ultrassom para consultar a saúde do feto. A polícia acredita, entretanto, que a verdadeira intenção era sedá-la e realizar o aborto sem a sua aprovação.

A vítima disse à reportagem que caiu em uma armadilha e revelou que sentiu como se sua garganta estivesse se fechando depois de ser sedada e, quando acordou, estava dentro do carro, com o vereador Lindomar da Silva Nascimento, que era o motorista de Erivelton Teixeira na época, no banco de trás, retornando para sua cidade.

Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: 'Eu não estou me sentindo bem'. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado", diz Rafaela.

Diante disso, a polícia suspeita que o prefeito tenha realizado o aborto no motel e contou com participação do vereador no crime.

"O efeito demorou passar muito tempo. E quando eu comecei a acordar, eu estava dentro do carro, na estrada, voltando pra minha cidade, no banco da frente. E eu escutei a voz de outra pessoa. Foi quando eu olhei para trás e vi que o Lindomar estava no banco de trás", relembra a vítima.

Em nota enviada à TV Globo, a defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento alega que seus clientes não foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo.

Compartilhe  

últimas notícias