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Sob Investigação

Padre perseguido por declarar voto em Lula é encontrado morto; saiba mais

José Aparecido Bilha foi localizado por fiéis da igreja

José Aparecido Bilha tinha 63 anos - Imagem: reprodução Twitter
José Aparecido Bilha tinha 63 anos - Imagem: reprodução Twitter

Manoela Cardozo Publicado em 22/11/2022, às 08h33


Nesta segunda-feira (21), o padre José Aparecido Bilha, de Guaíra, no Oeste do Paraná, foi encontrado morto no quintal da casa paroquial do município.

O religioso, que tinha 63 anos, ministrava na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e, de acordo com informações da Diocese de Toledo, o corpo do padre foi descoberto por funcionários da igreja.

Ainda segundo o comunicado, que foi divulgado na internet e em alguns grupos de mensagens eletrônicas, a Diocese lamentou a morte do padre José e prestou os sentimentos e solidariedade à sua família.

“Externamos condolências à família Bilha e à comunidade católica de Guaíra, especialmente desta paróquia, que foram surpreendidos pela triste notícia”.

Mesmo que a nota não tenha explicado exatamente se o padre tinha algum ferimento explícito ou onde o corpo foi localizado, existem informações de que ele apresentava um corte no pescoço e de que uma faca havia sido encontrada nas proximidades.

Até o momento, ainda não se sabe a exata causa da morte e se desconhece suspeitos. Entretanto, existem, dentre as suspeitas, de que pode ter sido suicídio ou um crime político, uma vez que o padre era perseguido por apoiar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informações do Diário do Centro do Mundo, vários fiéis diziam que o padre e outras pessoas estavam sofrendo ameaças e alta pressão política por ter declarado seu voto no candidato petista.

“Somos 35 mil habitantes e a cidade é praticamente 95% bolsonarista. Vivemos reclusos, não postamos nada, não podemos ir na avenida comemorar a vitória do presidente, eles ficaram em seus caminhões fazendo rondas armados pra intimidar qualquer comemoração”, esclareceu um morador da cidade.

Já de acordo com o G1, a Polícia Civil do Estado do Paraná afirmou que “aguarda laudos complementares que auxiliarão no andamento das investigações”.

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