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Mulher trans que foi agredida a marteladas dá depoimento de partir o coração

Nicole Paim Nunes foi agredida após ter sido insultada dentro de uma academia

Mulher trans que foi agredida a marteladas dá depoimento de partir o coração - Imagem: reprodução RBS TV
Mulher trans que foi agredida a marteladas dá depoimento de partir o coração - Imagem: reprodução RBS TV

Vitória Tedeschi Publicado em 02/05/2023, às 17h33


Nicole Paim Nunes, uma mulher trans de 25 anos, foi agredida a golpes de martelo, pedradas, socos e pontapés em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). A vítima foi insultada dentro de uma academia e violentada no meio da rua por três homens, na tarde de 23 de março.

De acordo com o g1, os três foram presos preventivamente e indiciados por homofobia/transfobia, injúria, lesão corporal contra a mulher e ameaça. Um adolescente, que responde em liberdade, também foi responsabilizado por atos análogos aos praticados pelos adultos.

Nesta terça-feira (02), a dona de casa comentou o caso durante entrevista ao Encontro, da TV Globo em depoimento de partir o coração.

Se eu estivesse sozinha, eu não estava aqui hoje. Eu ia ter virado estatística", disse Nicole.

Nicole disse que ainda não assistiu às imagens, pois ficou traumatizada com tudo que aconteceu. Ela contou que o marido também ficou muito abalado, e contou que enquanto tomava banho com ajuda dele, por causa dos ferimentos, começou a sair sangue das lesões da cabeça.

Ele saiu do banheiro e começou a chorar, desesperado", relembra sobre o episódio.

Entenda o caso

Em entrevista à GZH, ela também contou detalhes dos momentos que antecederam ao crime, momento em que estava em uma academia, quando passou a ser insultada por um cliente.

Eu fazendo meu exercício, ele começou a me xingar. Para os amigos dele, ele dizia: 'esse veado. A hora que eu sair daqui eu vou quebrar a cara dele'. Nós acabamos discutindo dentro da academia", disse.

Nervosa, Nicole foi embora da academia, mas acabou abordada pelo grupo liderado pelo homem que a insultou na academia. Um deles segurou a amiga de Nicole, a autônoma Justine Silveira da Silva, que a acompanhava. Os homens atacaram a mulher trans pelas costas.

Socos, chutes, marteladas, pedradas. Com certeza, eu temi por morrer", desabafou.

As agressões apenas parar porque pessoas que estavam em um mercado próximo começaram a gritar e pedir que o grupo parasse.

Assista ao momento das agressões aqui.

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