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Júri do ‘Monstro da Favela Alba’ é marcado para esta quarta; serial killer é acusado de matar 5 pessoas e enterrar em casa

O serial killer conhecido como “Monstro da Favela Alba” deve começar a ser julgado a partir desta quarta-feira (16) pela acusação de ter matado cinco

Júri do ‘Monstro da Favela Alba’ é marcado para esta quarta; serial killer é acusado de matar 5 pessoas e enterrar em casa
Júri do ‘Monstro da Favela Alba’ é marcado para esta quarta; serial killer é acusado de matar 5 pessoas e enterrar em casa

Redação Publicado em 16/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h20


O serial killer conhecido como “Monstro da Favela Alba” deve começar a ser julgado a partir desta quarta-feira (16) pela acusação de ter matado cinco pessoas (quatro mulheres por asfixia e um homem esfaqueado) e enterrado os corpos sua casa, em 2015, na Zona Sul de São Paulo. O caso repercutiu à época depois que corpos e ossadas foram encontrados pela polícia.

O pintor de paredes Jorge Luiz Morais de Oliveira tem 47 anos e está preso. O júri popular do réu será realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. O plenário está reservado também para quinta-feira (17) e sexta-feira (18), quando está previsto o fim do julgamento.

“Todas as vidas valem muito. No caso, lutaremos por um julgamento justo e pela responsabilização do acusado na exata medida do que provarmos em relação aos cinco homicídios”, falou o promotor Paulo Henrique Arantes ao g1.

Condenado por 2 homicídios e 1 estupro

Em 1996, Jorge já havia sido condenado na Justiça por dois outros assassinatos, cometidos na região do Jabaquara em 1994 e 1995 (quando, respectivamente, atirou num homem e usou um taco de sinuca e um bloco de concreto contra outro). Ele recebeu penas somadas de 17 anos e 9 meses de prisão pelos assassinatos. Acabou solto em 2013 após cumprir a pena.

Em liberdade, Jorge voltou a ser acusado de outro crime: o estuprar uma mulher em 2015 dentro da residência dele, que ficava na Rua Professor Francisco Emydio da Fonseca Teles, perto da Rua Alba, que dá nome à comunidade do Jabaquara. Neste último caso, a mulher sobreviveu e o denunciou às autoridades. Ela contou que viu cadáveres enterrados numa espécie de cemitério clandestino dentro do imóvel de 20 metros quadrados.

Polícia continua as buscas por vítimas do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira em local próximo à sua residência na Favela Alba, em São Paulo. O local era utilizado como ponto de encontro para usuários de drogas. Oliveira foi preso na sexta-feira (25) — Foto:  Chello Fotógrafo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Polícia continua as buscas por vítimas do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira em local próximo à sua residência na Favela Alba, em São Paulo. O local era utilizado como ponto de encontro para usuários de drogas. Oliveira foi preso na sexta-feira (25) — Foto: Chello Fotógrafo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Depois disso, a polícia, que procurava pessoas desaparecidas na região, foi ao local e desenterrou vários restos mortais. Também foram encontradas roupas e objetos das vítimas na residência. Jorge foi preso ainda em 2015 pelos assassinatos. À época, ele confessou inicialmente ter matado seis pessoas. Mas exames de DNA só identificaram cinco dessas vítimas. Os testes não encontraram o material genético da sexta vítima nos ossos (veja abaixo quais são).

Depois, em audiência judicial, Jorge negou quatro desses assassinatos e admitiu apenas um homicídio, alegando que esfaqueou um homem em legítima defesa.

Segundo o Ministério Público, as cinco vítimas do serial killer eram homossexuais ou usuárias de drogas. De acordo com a acusação, Jorge as matava por esses motivos. Ele as convidava para sua casa, algumas com o pretexto de que iriam consumir entorpecentes, depois as matava, de acordo com a acusação.

Em 2020, Jorge foi julgado e condenado a seis anos de prisão pelo estupro cometido em 2015 contra a mulher que sobreviveu ao seu ataque. Atualmente, ele está detido na Penitenciária de Lucélia, no interior paulista, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

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G1

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