O crime aconteceu no domingo (21). Funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba encontraram o feto, que tinha entre cinco e seis meses, na lata de lixo do banheiro e chamaram a polícia.
“A jovem disse que pesquisou na internet medicamentos contraindicados para gestação e tomou uma grande quantidade deles. No sábado [20] a noite ela começou a se sentir muito mal e procurou atendimento na UPA, mas não disse para os médicos que estava grávida nem que tinha tomados os remédios”, explicou o delegado responsável pelo caso, Hernane de Oliveira Cazer.
Durante o atendimento, a mulher foi até o banheiro da unidade, onde o feto foi expelido. O delegado explicou que ela o deixou na lata de lixo, ligou para os tios e foi embora. “Ninguém sabia dessa gravidez. Ela não teve mudanças físicas aparentes e os tios só ficaram sabendo quando a polícia ligou atrás dela”, disse Cazer.
À polícia, a jovem disse que a gravidez aconteceu após ter um relacionamento com um homem que mora em Araguaína, também no Tocantins. “Ela disse que não queria o bebê porque estava passando por um momento conturbado, estava estudando para o exame da OAB e não tinha condições de criar um filho”, finalizou o delegado.
A jovem vai responder por aborto. A pena para esse crime varia de 1 a 3 anos. Ela está internada no Hospital Materno Infantil para receber os atendimentos médicos necessários após o aborto.