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Crime bárbaro

Após matar a família toda e ir para bloco de carnaval, homem dá explicação absurda para polícia

Ele teria participado da folia logo depois de cometer o crime brutal

Após matar a família toda e ir para bloco de carnaval, homem dá explicação absurda para polícia - Imagem: reprodução redes sociais
Após matar a família toda e ir para bloco de carnaval, homem dá explicação absurda para polícia - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 20/02/2023, às 16h17


Alexander da Silva - preso, na manhã da última sexta-feira (17), pelo homicídio da mulher e de seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 11 meses - contou ter vagado durante quase 24 horas entre o momento em que saiu de casa, na Zona Oeste do Rio, por volta das 8h de quinta-feira (16), e a hora em que retornou ao prédio e foi preso, às 7h de sexta.

Em depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), obtido pelo GLOBO, Alexander disse que entre os locais por onde passou, "ficou nos blocos" no Centro do Rio de Janeiro.

Ainda conforme colhido em depoimento na DH, o acusado relata que pela manhã de quinta-feira (16) teria saído de casa com o resto da família "dormindo", para então ir em direção a Niterói, numa narrativa estranha que envolveria um trecho da viagem em carro de aplicativo e um ônibus, mesmo sem dizer por qual razão teria ido à cidade do outro lado da Baía da Guanabara.

Depois, Alexander diz ter tomado um ônibus e ido para o centro do Rio, onde, durante a tarde, "curtiu os blocos de carnaval" que desfilavam pelo local. Questionado pelos policiais sobre a razão para ter comparecido a esses eventos, já que estava muito tempo sem voltar para casa (levando em consideração a versão de que a mulher e os filhos dormiam), o suspeito argumentou que "precisa se distrair".

A saga macabra do acusado teria terminado com ele vagando por comunidades da Zona Oeste, como Merck, Cesar Maia e pela Cidade de Deus, para depois retomar o caminho de casa, não sem antes ter deitado, segundo o próprio acusado, num banco de um posto de gasolina para dormir, durante a madrugada.

Relembre o caso bárbaro

Na manhã da última sexta-feira (17), um homem foi preso suspeito de matar a esposa e os dois filhos em um prédio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma das vítimas é um bebê de 11 meses, que foi achado sem vida no berço.

De acordo com a Band, o suspeito, identificado como Alexander da Silva, de 49 anos, já está na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, na mesma região. Ele foi ao local do crime nesta manhã e acabou detido por moradores, que acionaram a polícia, enquanto o amarraram e o agrediram até a chegada dos policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes).

Ele até agora não disse nada, não deu detalhes. Vamos ouvir com mais calma agora, mas a perícia identificou o uso da melatonina, uma substância que tem como finalidade provocar sono, então isso foi fundamental para que ele cometesse o crime. Não temos dúvida de que ele foi o autor, até pelo depoimento das vítimas", disse o delegado Wilson Palermo, ao g1.

Apesar disso, até o momento, ainda não se sabe o que teria motivado o crime.

De acordo com a corporação, marcas de sangue e cápsulas de arma de fogo foram encontradas. A mulher e a menina de 12 anos foram encontradas, deitadas juntas em uma cama, com marcas de tiros pelo corpo. Já o bebê estava no berço com o corpo roxo, provavelmente devido uma asfixia.

A mulher foi identificada como Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos. Ela era mãe do bebê Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, e madrasta da menina Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 12 anos.

Ele deve responder por homicídio, feminicídio e deve ser incluído na nova lei que trata da violência doméstica contra criança e adolescente.

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